Em 2014, a banda pernambucana Nação Zumbi voltou a lançar um disco de inéditas após sete anos. Amadurecido e influenciado por outros projetos, surgiu com um trabalho de primeira, mas, em um período de Copa do Mundo e eleições, não colocou o disco na estrada pra valer.
É nessa decolagem do novo show que o grupo volta a passar pela capital paranaense neste fim de semana. A banda se apresenta na Ópera de Arame (R. João Gava, 970) neste sábado (18), às 21 horas. Além das canções do novo disco, homônimo, o grupo leva ao palco um bloco dedicado aos 20 anos do álbum Da Lama ao Caos (1994) – incluindo a há muito não tocada “Risoflora” –, canções do Afrociberdelia (1996), como “Etnia”, e mais um apanhado da carreira.
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Som novo
No palco, as músicas mais novas chegam com a pressão sonora característica da banda, embora o novo disco, que tem produção de Kassin e Berna Ceppas, apresente os elementos percussivos de forma mais diluída e um conjunto de canções mais melódicas, como “A Melhor Hora da Praia” e a balada “Um Sonho”.
“Na verdade, dá impressão de que não tem [o elemento percussivo], mas tem”, explica Jorge Du Peixe, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. “Não é um disco pensado no formato rítmico como o Da Lama ao Caos. Podemos oscilar. A diferença é importante”, defende o músico, que sobe ao palco à frente de Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupillo (bateria), Toca Ogan (percussão), Gilmar Bola 8, Da Lua e Tom Rocha (alfaias).
Veja o clipe de “Cicatriz”, música do novo disco:
“Nenhum disco pode soar igual. Se tentássemos fazer outro Da Lama Ao Caos ou Afrociberdelia, não conseguiríamos”, explica. “De um disco para o outro, vamos descobrindo novas referências. Que podem vir do cinema, da literatura, dos amigos. Existe um amadurecimento natural. O fato de estarmos mexendo mais com harmonias e melodias vem da maturidade musical. E ainda tem a experiência no estúdio, que possibilita uma exploração maior. Tudo isso acaba sendo o mote de cada disco”, explica o cantor.
Canção
Du Peixe compara a naturalidade com que as composições do grupo se voltaram para uma pegada mais melód ica com a proximidade do hip-hop com o soul, bastante marcada em trabalhos recentes de rappers. “Tudo vem muito da música africana. Não é só o hip-hop. Vem junto o soul, o gospel”, diz. “Para nós, foi um curso natural. E para mim é uma grande balela dizer que a canção está morta. Ela vai atravessar séculos. Independentemente de gêneros e subgêneros. Sempre vai prevalecer”, prevê.
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