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Peça é a primeira produção do ator Mateus Solano | Guga Melgar/Divulgação
Peça é a primeira produção do ator Mateus Solano| Foto: Guga Melgar/Divulgação

Serviço

Do Tamanho do Mundo

Guairinha (R. XV de Novembro, 971 – Centro), (41) 3304-7982. Sexta-feira e sábado, às 21h; domingo às 19h. R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada). Sujeito à lotação. Classificação indicativa: livre.

Consagrado pela participação em Amor à Vida no papel do anti-herói Félix, o ator Mateus Solano faz uma rápida passagem pelo Guairinha neste fim de semana com a montagem Do Tamanho do Mundo (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). Dirigida por Jefferson Miranda, o texto foi escrito por Paula Braun, esposa do artista. Essa é a primeira produção do global, que atualmente se prepara para trabalhar na peça Selfie, ao lado de Miguel Falabella. Solano, que não vinha a Curitiba desde o início dos anos 2000, conversou por telefone com a Gazeta do Povo sobre o novo trabalho e a fama de seu personagem.

Como surgiu a ideia do espetáculo?

Fiquei três anos sem fazer teatro e estava procurando uma maneira de voltar ao palco. Tive uma ideia de falar sobre o cotidiano de personagens que a gente vê na vida, mas o que vinha não me satisfazia. Um dia minha mulher me acorda com o que é hoje a primeira cena da peça. Era daquela maneira que eu queria lidar com as questões do espetáculo, mesclando leveza e seriedade. Quais questões são essas?

São temas que me incomodam com relação a quem somos. Como podemos garantir que nossas opiniões são realmente nossas? O quanto de mim existe na pessoa que digo que sou? Meu personagem, Arnaldo, perde a capacidade motora por algum tempo, e passa a questionar sua própria vida. [O tema] parece muito cabeça, mas lidamos com isso de uma maneira divertida. Voltar ao teatro é algo difícil depois de encarar um personagem tão querido do público como o Félix?

Eu nunca deixei o teatro, só entrei na maratona da televisão que me impediu de fazer outra coisa. Consegui produzir e estrear a peça durante Amor à Vida. Uma loucura que não pretendo repetir. Mas não tem nada que pague a visibilidade que a novela nos dá para levar as pessoas ao teatro. O Félix está presente na vontade do público de me encontrar no palco. O sucesso da peça deve muito ao carinho que todos têm pelo personagem. Devem te perguntar muito isso, mas você não tem medo de ficar marcado demais pelo personagem?

As pessoas fizeram a mesma pergunta quando interpretei os gêmeos [de Viver a Vida, de 2009]. A televisão é uma máquina que está sempre mudando. Não tenho medo disso não. O que o público deve buscar em Do Tamanho do Mundo?

Nada. As pessoas precisam ir ao teatro para viver um encontro. Queremos nos relacionar com o público como se fosse a primeira vez. Que seja um programa gostoso de fim de semana.

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