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Anjos da Noite – A Evolução, filme que estréia hoje nos cinemas brasileiros, é uma continuação fiel do primeiro capítulo da saga. Ele não apenas mescla duas lendas, a dos lobisomens e dos vampiros, como também mistura dois gêneros do cinema, o horror e a ação. Embora não seja muito feliz no resultado, o filme deverá agradar espectadores com estômago mais forte e carente de filmes de narrativa mais acelerada. A trama parte de um embate sanguinolento entre as tribos dos Death Dealers (vampiros) e Lycans (lobisomens), desencadeado na Terra desde a Alta Idade Média.

Em meio ao conflito está a bela Kate Beckinsale (casada com o diretor Len Wiseman, na vida real), interpretando a vampira guerreira Selene. Junto a Michael (Scott Speedman, do seriado Felicity), ela tentará desvendar um mistério envolvendo uma espécie de chave que o vilão, Marcus (Tony Curran), busca para conseguir libertar o seu irmão (um lobisomem primitivo). A dupla pretende criar uma nova raça de seres. Michael, porém, já é, ele próprio, o primeiro exemplar de uma mutação de seus antecedentes, nem lobisomem nem vampiro. Junto a Selene ele poderá acabar com as gerras milenares que assolam ambas as tribos de imortais.

Se o enredo parece confuso, é porque o filme realmente o é. O mundo de Anjos da Noite, ou Underworld (submundo, em português) do título inglês, é povoado por regras e valores que embaralham uma leitura muito minuciosa da história, mas não comprometem a fruição das cenas de ação. Embora a estrutura de roteiro não consiga escapar do previsível, a ação e violência extrema conseguem manter o interesse em alta.

Quem procura sangue, cabeças decepadas, explosões e corpos esmagados, terá em Anjos da Noite um deleite. A violência, no entanto, jamais é detalhada ou estilizada, como nos giallos italianos, filmes de horror e suspense produzidos no país europeu nas décadas de 70 e 80 (Dario Argento é um de seus maiores expoentes). Ao contrário, a direção de Len Wiseman parte do princípio que o filme é mais interessante na medida em que há mais cortes, mais sangue e mais mortes. Acaba por diluir a força de seu impacto. Particularmente no final, a história assume contornos previsíveis, sendo possível prever a maior parte das pretendidas "surpresas" da trama.

Vale reparar nas pontas dos atores ingleses Derek Jacobi (no papel de Alexander, o pai dos lobisomens) e Bill Nighy (de O Jardineiro Fiel), que intrrpeta Victor, um vampiro estudioso e profano. GGG

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