Apesar de dizer orgulhosamente que tem um "amplo círculo de 212 amigos no MySpace", o doutor Sheldon Cooper (187 de Q.I.) considera muito estressante ter mais de quatro amizades simultâneas no mundo real.
Antissocial, obsessivo, egoísta e incapaz de entender sarcasmo, o brilhante físico teórico interpretado por Jim Parsons virou a estrela de The Big Bang Theory.
O gênio disfuncional é o preferido dos fãs na enquete feita no site da CBS, emissora que transmite The Big Bang Theory nos EUA.
Parsons, antes desconhecido, foi indicado ao último Emmy como melhor ator de comédia (não venceu).
Até moda o cientista tem ditado: as camisetas que usa, com personagens de quadrinhos, equações ou robozinhos, viraram objeto de adoração e são vendidas na Amazon e em sites que pululam na internet para cultuar Sheldon, que tem dois doutorados, o primeiro concluído aos 16 anos.
"Parsons faz algo raro na tevê, tornando o intelectualismo admirável, até heroico", disse Ken Tucker, crítico da Entertainment Weekly.
Heroico como toda a série, que começou em 2007, sem grande impacto, e hoje é uma lucrativa queridinha da tevê norte-americana.
É o quinto seriado mais assistido por adultos que têm entre 18 e 49 anos nos EUA, o primeiro colocado do ranking entre as comédias.
O terceiro ano foi visto por, em média, 14,2 milhões de pessoas, enquanto os capítulos da última temporada da badalada Lost foram vistos por cerca de 11,6 milhões.
O bom resultado é similar ao de Two and a Half Men, do mesmo produtor Chuck Lorre e que tem o problemático astro Charlie Sheen.
Se o elenco de Big Bang já revelou não ter a aptidão científica dos personagens, mostrou ao menos que é bom de calculadora. Jim Parsons, Johnny Galecki (Leonard) e Kaley Cuoco (Penny) negociam, em conjunto, um aumento de 285% no valor que ganham por episódio. Se acertado, cada um receberá US$ 250 mil por capítulo.
A Warner, produtora e distribuidora, também está lucrando: recentemente, fechou um acordo milionário para o programa ser exibido por mais canais nos EUA.
Com isso, Ken Werner, presidente da divisão que distribui nos EUA as produções da Warner, elevou a série ao mesmo patamar de Seinfeld e Friends.
O programa, que tem quarta temporada prevista para setembro nos EUA, é exibido no Brasil no canal pago Warner com pequeno intervalo.
O SBT tem os direitos para a transmissão, mas não há previsão de estreia na tevê aberta.
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