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“Neruda”, de Manuel Basoalto, perde uma boa oportunidade de retratar a formação do poeta chileno. O filme se passa em 1948, após a proscrição do partido comunista, que obriga Neruda a exilar-se. Porém, Basoalto opta por desperdiçá-la ao apresentar um personagem fraco, demasiado passivo. O segundo equívoco está em não deter-se em algo que parece ter sido essencial nessa viagem, que foi a observação profunda que Neruda realizou do Chile interiorano, que marcaria tanto sua obra. As atuações são muito artificiais. Além disso, a tentativa de armar um clima de suspense é frustrada por um roteiro didático e extremamente previsível.
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