
Um dos maiores impasses enfrentados pelo cinema brasileiro contemporâneo é a exibição. Muitos filmes produzidos hoje no país não têm a chance de chegar ao público pela falta de telas disponíveis. Buscando desafiar essa lógica, um tanto perversa, o diretor teatral e cineasta Paulo Biscaia Filho e a produtora e distribuidora Moro Filmes vêm buscando uma forma inédita de mostrar seu novo trabalho, o longa-metragem Nervo Craniano Zero, adaptação de sua peça homônima (veja o serviço completo do espetáculo no Guia Gazeta do Povo). A ideia é realizar sessões em locais escolhidos pelo público ou que fujam dos espaços exibidores tradicionais.
Hoje e amanhã, às 20h30, o filme de Biscaia, que também adaptou para o cinema a premiada montagem Morgue Story Sangue, Baiacu e Quadrinhos, será apresentado no Guairinha (Rua XV de Novembro, 971, Centro), dentro de uma proposta de diálogo bastante inusitado entre a linguagem cinematográfica e a teatral.
Em sessões especiais, batizadas de Encena-Ação, integrantes do elenco do filme, as atrizes Guenia Lemos e Michelle Rodrigues participarão ao vivo da projeção, ao lado da cantora Ana Cardon e da banda Melpomene, formada especialmente para o evento, que irá além dos limites de uma mera projeção, ganhando a dimensão de um happening.
Na trama de Nervo Craniano Zero, a escritora de sucesso Bruna Bloch põe em prática um plano inescrupuloso para evitar que tenha um bloqueio criativo: ela adquire um chip indutor de descargas de dopamina que, quando implantado no cérebro humano, gera surtos de inspiração. Para isso, ela contrata o inventor do dispositivo, Bartholomeu Bava. Antes que a autora implante o chip, no entanto, ela o testa numa garota sem aspirações artísticas, Cristi, que acaba lhe servindo como cobaia.
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