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Há algo de errado em um filme que fala de cinema e resulta mais próximo do (mau) teatro. Esse é o pecado fatal cometido por Nine (assista ao trailer e veja as fotos), novo trabalho de Rob Marshall (de Chicago) que estreia hoje no Brasil. Adaptação para as telas do premiado musical homônimo de Maury Yeston, o filme é uma espécie de releitura de 81/2, clássico de Federico Fellini, do qual empresta o argumento principal.O cineasta Guido Contini (Daniel Day-Lewis), tratado como uma espécie de tesouro nacional pelos italianos na década de 60, enfrenta profunda crise existencial e criativa. Ao mesmo tempo que não consegue escrever seu novo filme, que sucederá dois fracassos de bilheteria, o diretor tampouco consegue pôr em ordem sua vida pessoal. Seu casamento com a ex-atriz Luisa (Marion Cotillard) está em frangalhos por conta de uma rotina de inúmeras traições conjugais e ausências sempre em decorrência do "excesso de trabalho".
O diretor se vê cada vez mais acuado por fantasmas do passado a mãe superprotetora (Sophia Loren) é o mais onipresente e do presente, representado por produtores que não cessam de lhe cobrar o roteiro do novo filme e por sua amante mais constante, a fogosa Carla (Penélope Cruz).
Como no musical da Broadway e no próprio original de Fellini, a narrativa de Nine transita entre dois planos na mente de Guido: o real e o delirante. É neste último que os números musicais se dão, a exemplo do que Marshall já havia feito com sucesso em Chicago. O problema é que a porção vida real do filme parece quase sempre farsesca, artificial, por trás da elaborada direção de arte e belos figurinos. Não permite que a fuga para o imaginário atinja o impacto catártico que os musicais devem ter. Também inspirado por 81/2, Bob Fosse foi muito mais longe com o seu autobiográfico e deslumbrante All That Jazz O Show Deve Continuar (1979), no qual essa relação entre sonho e realidade é tratada de forma mais inventiva e surpreendente.
Há bons momentos em Nine, como o desabafo de Luisa na canção "My Husband Makes Movies", em que a excelente Marion Cotillard mostra que mereceu o Oscar recebido por Piaf Hino ao Amor. Ou o energético número musical "Be Italian", protagonizado pela prostituta Seraghina (a cantora pop Fergie), outro fantasma da infância de Guido. Mas esses pontos altos não são suficientes para fazer de Nine um bom filme. GG1/2
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