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O fim da manhã de sábado, mesmo com céu nublado e temperatura amena, animou o público da Corrente Cultural, em Curitiba. A ampla programação cultural e musical distribuída em cinco palcos pelo centro da cidade começou às 11h30.

Por volta de 12h30, depois de uma hora de show, a banda Klezmorim encerrou a participação no evento. Em um espaço pequeno, cerca de 50 pessoas - entre crianças, famílias e idosos - dançaram ao som da música judaica não litúrgica dos guetos do leste europeu, ritmo dançante executado pelo grupo. A banda se apresentou no TUC e transformou o espaço em uma pista de dança.

"É muito bonito ver a alegria de vocês", disse o violinista da banda, Julio Coelho, durante o show. "A alegria e a felicidade não têm pátria", completou.

A estudante Mariana Irigonhe veio a convite de uma amiga conferir o show e aprovou a apresentação da banda. "Muito legal, eu amei", disse.

A engenheira Patrícia Silva veio com o marido e o filho, um bebê de colo, para o show. "O show deles eu já conhecia. É muito dançante, muito rítmico. É sensacional", disse.

A banda tem cinco anos e nasceu através da pesquisa de quatro dos seis atuais integrantes. "Eu já tive banda de forró. Eu gosto muito de ver as pessoas dançarem", diz Coelho. "É uma emoção a parte. Tocar para as pessoas dançarem é uma coisa que me agrada muito", completa. Ele conta que, apesar do estilo musical judaico, nenhum integrante da banda é descendente de judeu. A escolha do estilo aconteceu porque o grupo procurava um ritmo dançante diferente do comum.

Tenda eletrônica

No Largo da Ordem, a partir das 14h, começou a funcionar as pickups dos djs da tenda eletrônica. No meio da tarde, o local estava lotado e o público acompanhava animado. Ali, a programação vai até às 2 horas da manhã.

É a primeira vez que Curitiba abre espaço para a música eletrônica na Corrente Cultural. A vendedora Gabriela de Azevedo, que assistiu às apresentações dos djs com as amigas, aprovou. "Isso atrai uma galera mais jovem também", diz.

O vigilante Fábio Teixeira aproveitou a oportunidade de ver as apresentações gratuitamente para conhecer novos djs. "Para ir em alguma casa noturna nesse estilo é muito caro", disse.

O primeiro dj a tocar foi o dj curitibano Marco Dusch. Ele apresentou ao público seu novo trabalho: Housekeeping Session Mix. "Eu conto no meu set de duas horas um pouco da história da música eletrônica, com clássicos e até atualidades", explica. Ele aprovou a iniciativa de trazer a música eletrônica para a Corrente Cultural. "Eu acho essa iniciativa legal porque pessoas que não têm oportunidade para ir à balada podem vir aqui curtir uma boa música eletrônica", disse. Dush animou o espaço por mais de duas horas, com direito a pedido de bis pela plateia.

O segundo dj, Marcelo Sena (De Sena), entrou no palco por volta das 16 horas. "A partir do momento em que a pessoa tem contato [com a música eletrônica] ela pode ouvir em casa", disse. Ele também aprovou a iniciativa da tenda eletrônica. "É bom para tirar um pouco o paradigma de que só é para festa rave. Pelo contrário, tem muita gente séria que gosta disso e escuta o tempo inteiro como qualquer tipo de música", afirmou.

Outras atrações

O sábado está cheio de atrações – inclui apresentação de João Bosco, marco da MPB a partir dos anos 70, autor de standards como "Corsário" e "Papel Machê". No final do dia, os palcos ficam a cargo de Otto e Cidade Negra.

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