Depois de ser quase cancelada e mudar de casa (sai a Disney, e entra a Fox), a série "As Crônicas de Nárnia" chega ao seu terceiro episódio, que estreia no Brasil em cópias convencionais e 3D (todas em versões dubladas e legendadas).
Na "Viagem do Peregrino da Alvorada", os irmãos Edmundo (Skandar Keynes) e Lucy (Georgie Henley), junto com seu primo Eustáquio (Will Poulter), caem dentro de um quadro e vão parar novamente na terra encantada.
Dirigido por Michael Apted ("007- O Mundo não é o bastante", "Nunca mais"), este terceiro filme da franquia não perde tempo com explicações e logo de cara já começa com cenas de ação, quando o trio mergulha na água que cai do quadro e vai parar no outro mundo.
Se, por um lado, Edmundo e Lúcia conhecem bem as coisas estranhas de Nárnia, seu primo reclamão tem medo ou aversão às criaturas exóticas, como o rato Ripchip, um destemido espadachim, experiente em muitas aventuras. Quando se reencontram com o Rei Cáspian (Ben Barnes), os garotos ficam sabendo que ele viaja para o leste em busca dos sete Lordes de Telmar, que estão perdidos.
Os irmãos de Edmundo e Lúcia, Pedro (William Moseley), Susana (Anna Popplewell), cresceram e, por isso, não podem voltar a Nárnia. Aos poucos, inclusive Eustáquio vai ganhando importância na trama, até porque é o único jovem o bastante para voltar novamente ao lugar encantado, se necessário.
Cáspian e seus amigos precisam encontrar os sete lordes para evitar que uma névoa verde e maligna capture o corpo e a mente das pessoas. Os nobres possuem espadas que lhes foram dadas pelo leão Aslam. Por isso, têm poderes especiais - a união delas poderá derrotar o inimigo. Até cumprir suas tarefas, o grupo passará por tentações e terá de enfrentar perigos.
Baseado no terceiro livro da série escrita por C. S. Lewis, "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada" segue a linha dos filmes de fantasia que andam em alta. Apesar de mais próximo de "O Senhor dos Anéis" do que de "Harry Potter", a série fala diretamente ao público infanto-juvenil, metaforizando seus medos e inseguranças em forma de aventuras vividas pelos personagens. Os desafios é que moldam a personalidade de Lúcia, Edmundo e Eustáquio.
A direção de arte - com muitas imagens criadas por computador - explora bem o clima fantástico, criando ambientes e objetos que beiram o irreal - como a própria embarcação que dá nome ao livro, repleta de detalhes.
A adaptação dos outros quatro livros da série para o cinema depende do sucesso que este filme alcançar. Por enquanto, este lançamento é uma prova de fogo para as próximas aventuras da Terra de Nárnia. Uma prova, aliás, tão difícil quanto aquelas enfrentadas pelos personagens.
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