A Academia Sueca vai anunciar na quinta-feira (13) o vencedor deste ano do prêmio Nobel de Literatura, em meio a uma polêmica envolvendo a renúncia de um dos integrantes do comitê em protesto contra a escolha, no ano passado, da escritora austríaca Elfriede Jelinek.

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A data exata do anúncio é mantida em segredo até pouco antes da divulgaçãoo e a saída de Knut Ahnlund parece ter sido programada para causar impacto máximo.

Em um artigo de jornal assinado, Ahnlund afirmou que a premiação de Jelinek - que foi surpresa até mesmo na Áustria -"provocou um dano irreparável ao valor do prêmio".

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Ele classificou o trabalho da escritora como "pornografia violenta" e não explicou por que demorou um ano para deixar seu posto. O presidente da Academia, Horace Engdahl, sugeriu que isso ocorreu para estragar o anúncio do prêmio deste ano.

- É muito possível que isto tenha a ver com o fato de que a Academia vai anunciar esta semana o vencedor deste ano - disse Engdahl à agência de notícias TT.

Não houve resposta imediata por parte de Jelinek.

O maior prêmio literário do mundo, no valor de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão), normalmente é anunciado na primeira ou segunda quinta-feira de outubro.

Ao contrário dos prêmios Nobel da Paz, Medicina, Física, Química e Economia, a data do de Literatura só é anunciada com dois dias de antecedência. O site www.nobelprize.org disse nesta terça-feira que o vencedor será conhecido na quinta (13), depois das 13h (8h, horário de Brasília).

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Mas a falta de notícias na semana passada deu origem a especulação de que os 18 membros da Academia estavam divididos, e um jornal britânico afirmou que a escolha que estava causando polêmica era a do romancista turco Orhan Pamuk.

A Academia, que escolhe a premiação fundada pelo milionário sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite, nunca vaza informações sobre os candidatos finalistas.

Mas um raro indício do escândalo dentro da Academia surgiu com a notícia da renúncia de Ahnlund.

- Depois disso, não posso permanecer na Academia Sueca nem formalmente - escreveu ele.

Engdahl disse que Ahnlund não participava das reuniões da Academia há quase dez anos e que não estava a par das discussões que levaram à seleção de Jelinek.

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- Ele não sabe nada da discussão que levou à escolha de Elfriede Jelinek, de forma que o que ele diz nesse artigo deve ser considerado especulação vazia - afirmou Engdahl à TT.