
A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) apresenta um programa temático com obras de compositores ligados à cidade russa de São Petersburgo amanhã, às 10h30, no Guairão.
Sob regência do maestro russo Daniel Raiskin hoje diretor musical de orquestras na Alemanha e na Polônia , o grupo executa "Amanhecer no Rio Moscóvia", da ópera Khovanshchina de Modest Mussorgski (1839-1881), a Sinfonia N.º 5 de Sergei Prokofiev (1891-1953) e o Concerto para Violino N.º 1 de Dmitri Shostakovich (1906-1975), que terá como solista o renomado violinista israelense Vadim Gluzman.
Noites de S. Petersburgo
Originalmente, o concerto seria o segundo do "Festival Noites Brancas de S. Petersburg", que previa uma apresentação no último domingo, mas que foi cancelado devido a cortes no orçamento do Teatro Guaíra.
Famosa pelas noites claras devido à sua localização ao norte, a cidade é considerada a capital cultural da Rússia. É a terra natal do próprio maestro Raiskin, que destaca Shostakovich e Prokofiev como os nomes mais importantes da música russa do século 20.
"E Mussorgsky, para ambos, foi um ponto de partida muito importante", explica Raiskin.
O regente lembra que as peças de Shostakovich e Prokofiev foram compostas no mesmo período entre 1946 e 1948. "Escrita logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a sinfonia de Prokofiev é uma resposta ao fim deste evento terrível. É uma música cheia de alma, de humanidade, esperança, que tem também alguns momentos obscuros", analisa o maestro, destacando ainda a presença de elementos como música espanhola e referências ao balé Romeu e Julieta. Já no concerto de Shostakovich, Raiskin destaca o sentimento de dissidência em relação ao stalinismo. "Ele estava sob muita pressão do terror político", explica. "É um pouco uma resposta a este momento dramático de sua vida."
A ideia de convidar o violinista Vadim Gluzman para o concerto também foi do maestro convidado. "Ele é um dos mais brilhantes de sua geração", avalia. "É ótimo ter um parceiro como este no palco."
A OSP, para o exigente maestro, é o outro parceiro fundamental. "É importante ter a orquestra imediatamente ao seu lado, se tornar uma equipe", explica Raiskin, sobre seu estilo de reger, baseado em "honestidade e trabalho duro". "Acho que formamos uma boa equipe", diz.
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