No sábado passado, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, reuniu-se com 750 líderes comunitários, artistas, e funcionários da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) no restaurante Madalosso, bairro Santa Felicidade. O encontro foi promovido para lançar o programa Arte por Onde Você Anda, uma espécie de guarda-chuva administrativo que passa a abrigar e organizar todas ações culturais realizadas pela FCC nos 75 bairros da cidade. A idéia está alinhada com aquela que é uma das principais diretrizes da gestão na área da cultura: a descentralização das atividades e inclusão dos bairros, sua gente e seus espaços, na agenda cultural do município.
Porém, embora existentes, as ações que atendem à diretiva ganharam menos visibilidade que a recuperação do patrimônio cultural, outra prioridade da administração. Espaços como o Teatro Paiol, o Solar do Barão, a Pedreira Paulo Leminski e o Memorial da de Curitiba já foram recuperados e as obras estão em andamento no Teatro Novelas Curitibanas, na Ópera de Arame, na Capela do Santa Maria e no Centro Cultural do Portão.
"Nessa primeira etapa da nossa gestão, decidimos investir pesado na programação cultural, na difusão daquilo que Curitiba tem de melhor e na recuperação do que já existe", explica Marcelo Simas Cattani, diretor de marketing da FCC. Em outras palavras, as decisões administrativas aliadas a propostas diferenciadas de programação cultural, deverão recuperar e ocupar lugares subaproveitados ou marginalizados, atendendo aos anseios das populações dos bairros. O ingresso de R$ 1 para o Cine Luz e Cinemateca aliado à tarifa de R$ 1 praticada no transporte público aos domingos é um exemplo desse tipo de ação.
Beto Lanza, diretor de ação cultural da FCC, cita as 14 bibliotecas controladas pela entidade como outro exemplo. Criadas antes dos Faróis do Saber, as bibliotecas contam com acervos voltados à pesquisa escolar. Como medida, a FCC está implantando um novo programa de aquisição de títulos e planeja recuperar a infra-estrutura dos espaços em breve. "Dessa forma, nós teremos um local na periferia com potencial para ser um mini-centro cultural", afirma Lanza. As bibliotecas irão abrigar programas com o De Poeta para Poeta (leia no quadro ao lado), o que, ao lado da nova política de acervo, deverá impulsionar a produção e fruição literária na cidade. Com o mesmo objetivo, a entidade pretende revitalizar a atualmente fechada Casa da Leitura, no Parque Barigüi.
Medidas similares estão sendo tomadas em mais 44 edifícios que abrigam 101 espaços culturais. Projetos aprovadas em editais, como peças de teatro e apresentações musicais, deverão intensificar as ações nas escolas municipais e das Ruas da Cidadania. Lanza afirma que a medida foge do assistencialismo, já que prevê contrapartidas que envolvem a participação direta da comunidade, como realização de cursos e oficinas.
A FCC planeja, ainda, a criação dois novos centros comunitários no sul da cidade. "Temos estudos fechados, mas tudo isso está ligado à nossa capacidade de investimento. Isso não deverá acontecer antes do ano 2008. Até lá, temos uma grande lição de casa para fazer com o que já é existente, usando recursos próprios e parcerias", explica Marcelo Cattani.
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