DVDPacto de Sangue Edição Especial(Double Indemnity, Estados Unidos, 1944). Direção de Billy Wilder. Com Fred McMurray, Barbara Stanwyck e Ernest Borgnine. Versátil. 108 min. Classificação indicativa: 14 anos. Locação e venda. Preço médio: R$ 39,90. Suspense.
Antes de se estabelecer como um dos mais profícuos, versáteis e talentosos cineasta de Hollywood, o diretor austríaco de origem judaica Billy Wilder (de Crepúsculo dos Deuses e Quanto Mais Quente Melhor) fez história com este que é considerado um dos mais emblemáticos títulos do chamado cinema noir. Imerso no pessimismo de um mundo em guerra, Pacto de Sangue conta a história de um agente de seguros, Walter Neff (McMurrey), que recebe a visita de Phyllis Dietrichson (Barbara Stanwyck), uma bela mulher casada, que é a encarnação da femme fatale, esquiva e dissimulada. Após seduzi-lo, ela o convence a elaborar e executar um plano para assassinar seu marido, com o fim de ficar com o dinheiro do seguro deixado pelo morto.
Por que assistir? Narrado em um longo flashback por Neff, que já deixa claro, logo de cara, que algo deu muito errado em sua vida, o filme materializa todas as convenções do gênero noir antes que ele se tornasse um clichê, com diálogos afiados, atuações muito bem conduzidas e um clima que mistura erotismo e tensão o tempo todo, potencializado pela deslumbrante fotografia em preto e branco de John F. Seitz e pela trilha sonora de Miklós Rózsa. (PC)
ExposiçãoA Magia de Miró, Desenhos e GravurasGaleria Caixa Cultural (R. Cons. Laurindo, 280, Centro), (41) 2118-5114. Visitação gratuita de terça-feira a sábado, das 9h às 20 horas. Domingos, das 10h às 19 horas. Até 20 de julho.
Considerado o "surrealista dos surrealistas", o escultor, pintor, ceramista e gravurista catalão Joan Miró (1893-1983) é visto como um dos artistas mais inovadores dentro da história da arte moderna. Sua marca foi a obra de arte urbana, com vários painéis públicos espalhados pelo mundo, e muito conhecidos do público. Mas, ele também deixou um legado mais íntimo e menos popular que pode ser visto na mostra A Magia de Miró, Desenhos e Gravuras, em exposição na galeria da Caixa Cultural. A mostra reúne 69 obras do artista, entre ilustrações e desenhos em papel com lápis e giz de cera, produzidos entre 1962 e 1983. Há, ainda, uma série que reúne os trabalhos dos últimos cinco anos de vida. Além disso, o visitante pode ver todo o processo de trabalho de Miró por meio de esboços e estudos que antecedem a obra final.
Preste atenção: nas 23 fotografias em preto e branco do artista em seu cotidiano. Todas as imagens foram produzidas pelo amigo Alfredo Melgar. Conde de Villamonte, Melgar foi médico e fotógrafo, e se aproximou do artista na década de 1970. Todo o acervo exposto na Caixa pertence a ele, que é responsável pela curadoria. (IR)
CD 1AntroPOPhagiaBeatriz Azevedo. Biscoito Fino. R$ 39,90. MPB.
AntroPOPhagia registra uma apresentação da multiartista Beatriz Azevedo no Lincoln Center, em Nova York, em dezembro de 2012, como parte do projeto Celebrate Brazil, realizado pela Film Society of Lincoln Center e ImageNation e promovido pelo Itamaraty. Com direção musical de Cristóvão Bastos e acompanhamento da banda Bárbaros Tecnizados, a poeta, cantora, compositora, atriz e diretora teatral concebeu um show que pretendia mostrar o Brasil sob um olhar mais crítico, sem clichês. Pesquisadora do movimento antropofágico com mestrado e doutorado no tema, Beatriz musicou os poemas "Erro de Português", "Cântico dos Cânticos" e "Relicário", de Oswald de Andrade (1890-1954) e interpretou clássicos brasileiros como "Insensatez" (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes) em meio às suas próprias criações, inéditas, passando por uma versão para "What Is This Thing Called Love", de Cole Porter.
Preste atenção: Em entrevistas sobre o disco, Beatriz conta que não sabia que o show estava sendo gravado pelo seu técnico de som, Justin Bias. A ideia de lançá-lo como seu primeiro álbum ao vivo o quarto disco de sua carreira surgiu depois. (RRC)
LivroDeus é HumorNewton Cannito. nVersos, 112 págs., R$ 34. Humor.
As grandes questões da existência à luz da filosofia de botequim. É desta forma que o escritor e roteirista trata assuntos como fé, morte, amor, tempo e caráter. Com ilustrações são do cartunista Caco Galhardo, o livro segue uma tradição existencial, muito comum no pensamento e humor judaicos.
O livro é dividido em capítulos, como "Existencialismo Lúdico", em que o autor garante que só descobrimos o sentido da vida quando a morte está próxima. Em "Vida e Morte", Cannito faz uma reflexão sobre a sua experiência com a doença e a morte de seu pai. O autor também é roteirista de tevê e cinema, e foi secretário de Audiovisual no governo federal (2012-2012).
Preste atenção: O livro brinca com temas de todas as religiões sem ser profanador. Não ri das religiões mas, as convida a rir com o texto. Ateísmo, homossexualidade, casamento, prazer, perdão, sorte e dicas de como fugir de um debate chato são outros assuntos abordados no livro, que traz novas versões para o "Gênesis" e o "Apocalipse". (SM)
CD 2Rave TapesMogwai. Importado. US$ 12. Rock Action. Pós-rock.
A história do pós-rock ainda é curta, mas deve agradecimentos à banda escocesa Mogwai, que ajudou a esculpir a cena misturando shoegaze a pitadas de space rock e muito barulho. Foi assim até Hardcore Will Never Die But You Will (2011), álbum que já demonstrava o que viria na sequência.
Por incrível que pareça, em Rave Tapes, seu oitavo disco de estúdio, o Mogwai experimenta. Os clichês do gênero melancolia e explosão em séries alternadas estão mais diluídos, e os caras apostam também em elementos eletrônicos para construir músicas com menos textura e mais impacto.
Algumas faixas, como "Simon Ferocius", soam como se o Mogwai tivesse sido picado por um mosquito chamado Air o duo francês de downtempo.
Não se engane: A experimentação continua quando surgem letras e melodias bem definidas, como em "Blues Hour". Mas tudo o que o Mogwai já fez continua existindo, e está bem vivo. Prova é "No Medicine for Regret", uma das melhores de todos os 18 anos da carreira do grupo. (CC)
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