DVDJane Eyre(Jane Eyre, Estados Unidos, 1943). Direção de Robert Stevenson. Com Orson Welles, Joan Fontaine e Margaret OBrien. Versátil Home Video. 96 min. Classificação indicativa: 14 anos. Locação e venda. Preço médio: R$ 49,60. Drama.
Muitas vezes adaptado para o cinema e a televisão, Jane Eyre, de Charlotte Brontë, é um dos grandes romances da literatura em língua inglesa. Esta versão, que agora chega ao mercado brasileiro em edição especial, cheia de extras, tem roteiro do escritor Aldous Huxley (autor de Admirável Mundo Novo) e traz à frente do elenco Orson Welles (de Cidadão Kane) e Joan Fontaine (de A Suspeita), que faleceu recentemente, no papel-título, uma jovem em um orfanato que se torna preceptora da filha do misterioso Edward Rochester. Os dois se apaixonam, mas, no dia do casamento, um fato terrível vem à tona. Você sabia? O cineasta britânico Robert Stevenson realizaria 21 anos mais tarde o musical Mary Poppins, um dos maiores sucessos dos Estúdios Disney de todos os tempos.
Livro 1O Livro de Jack Uma Biografia Oral de Jack KerouacBarry Gifford e Lawrence Lee. Tradução de Bruno Gambarotto. Biblioteca Azul/Globo Livros, 496 págs., R$ 49. Biografia.
Jack Kerouac por quem o conheceu de muito perto. É isto o que oferece esta "biografia oral" que chegou ao mercado brasileiro com quase quatro décadas de atraso (o livro original foi lançado em 1978). Os dois autores organizaram e transcreveram uma série de entrevistas com pessoas que conviveram com Kerouac, como Allen Ginsberg (1926-1997), William Burroughs (1914-1997) e John Clellon Holmes (1926-1988). Usando um formato cada vez mais frequente em biografias a conversa direta com leitor o conjunto de relatos faz um panorama vivo e real da vida conhecida e conturbada do autor beat. Ainda que alguns deles sejam repetitivos e pudessem ter sido editados. Preste atenção: O livro dá uma dimensão mais humana à figura mitológica do escritor acelerado e corajoso, famoso por sua vida de viajante cheia de excessos e experimentações. Na parte final do livro, aparece um Kerouac deprimido e alcoólatra, vivendo com a mãe e a mulher e com imensa dificuldade de lidar com o culto que se formava a seu redor.
EPMais e MaisThiaguinho. Som Livre, R$ 11,90. Pagode.
A tal história de "seguir em carreira solo" sempre faz com que os fãs fiquem um pouco temerosos. Principalmente se o músico está saindo de uma banda que ainda faz sucesso, agrada. Exatamente o caso de Thiaguinho, quando deixou o Exaltasamba há dois anos. O fato é que, desde que saiu, o cantor mostra cada vez mais segurança em fazer um pagode divertido e mais jovial. O novo EP do músico, Mais e Mais segue nessa linha. São apenas seis faixas, mas é possível deixar o CD rodando e repetindo por bastante tempo. Preste atenção: Intercalando faixas dançantes e românticas, o novo disco tem um bom ritmo. A primeira faixa, "Deite Que Vou lhe Usar" faz referência ao bordão do coronel Jesuíno (José Wilker) na série Gabriela (Rede Globo, 2012). Depois, vem a calma "Será Que É Amor", semelhante à baladinha "As Aparências Enganam", ambos pagodes mais românticos, do tipo que se dança de rosto colado ou só no sapatinho. Para bagunçar, "Quer Beijinho", "Mais e Mais" e "Facada" dão conta do recado.
InternetRetratos do TeatroBob Sousa. Editora Unesp, 240 págs., download gratuito em www.editoraunesp.com.br. Fotografia.
O livro digital Retratos do Teatro, disponível para download gratuito no site da Editora Unesp, traz 164 retratos de 169 artistas e profissionais de teatro de São Paulo. O fotógrafo Bob Sousa fez nesse projeto um raio-x das encenações da capital paulista ao longo de quatro anos, em que pesquisou 300 espetáculos. Estão nas suas páginas atores que marcaram e marcam a cena, como Laura Cardoso (foto), Dan Stulbach e Antônio Fagundes, e diretores como Antunes Filho, Zé Celso Martinez Correa, Felipe Hirsch e Maria Alice Vergueiro. Há espaço ainda para o crítico Valmir Santos. Outros artistas do movimento de teatro de grupo foram procurados também, para dar um senso de completude à obra. O fato de o autor escolher gente de teatro a suas obras encenadas configura uma opção interessante, privilegiando o artista, eterno, em relação à produção, que pode ser passageira.Além das fotos: O livro tem ainda textos assinados por Alexandre Mate, Ivam Cabral, João Caldas e o curador Oscar DAmbrósio.
Livro 2Falar SozinhosAndrés Neuman. Tradução de Maria Alzira Brum Lemos. Alfaguara, 165 págs., R$ 35. Ficção.
Uma estrutura simples organiza o texto do argentino Andrés Neuman neste seu novo livro. Em cada capítulo, se lê o relato de um dos três membros de uma família: o pai, doente terminal, que leva o filho para fazer a derradeira viagem; a esposa e mãe, mulher esmagada pela dor da perda iminente; o filho, menino ainda, que não sabe o que está acontecendo com seus pais. O revezamento dos narradores dá leveza à leitura ao mesmo tempo que evidencia o drama familiar. Por que ler? Neuman começou a carreira literária muito cedo e, aos 36 anos, é um dos autores jovens mais elogiados de seu país. Falar Sozinhos é uma boa introdução a sua literatura por ser um livro cativante, que prende o leitor, ao mesmo tempo que se esforça para cumprir um objetivo ambicioso, que é o de retratar pessoas comuns em situações extremas.
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Lula abre espaço para Lira e Pacheco no governo e acelera reforma ministerial
Trump diz que “definitivamente” vai impor tarifas à União Europeia
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
Deixe sua opinião