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Grupos locais | Divulgação
Grupos locais| Foto: Divulgação

O primeiro filme do Quarteto Fantástico, de 2005, talvez seja a coisa mais boba e infantilóide já lançada pelo cinema sobre heróis de quadrinhos. A opção de transformar as aventuras do Sr. Fantástico, Mulher-Invisível, Tocha Humana e O Coisa em um filme-família, para todas as idades, fez com que a fita fosse recheada de piadinhas cretinas e um roteiro fraquíssimo. Um filme do gênero (super-heróis de HQs) deve ter mesmo um perfil de entretenimento, mas os produtores hollywoodianos muitas vezes exageram ao subestimar a capacidade do público de compreender uma história mais elaborada, entregando vários "produtos" totalmente desprovidos de sentido.

A expectativa para o segundo filme da franquia era um pouco melhor pelo anúncio da presença do Surfista Prateado, um dos mais interessantes personagens criados Stan Lee e Jack Kirby para a Marvel. Mas nem a participação da atormentada entidade dos quadrinhos salva o Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, que estréia hoje no Brasil, de ser mais uma decepção para o público fã do gênero ou mesmo aquele que apenas aprecia um bom entretenimento nas telas. As piadinhas ordinárias voltam a aparecer, tirando muitas vezes a atenção de uma história que podia até ser muito interessante sem elas.

Para quem não conhece o Surfista Prateado, vale lembrar que ele é um dos arautos do Galactus, ser que vive de consumir a energia dos planetas que destrói. E nessa condição que o Surfista vem à Terra, preparando o planeta para a capitulação diante do poderoso ser intergaláctico.

A chegada do mensageiro coincide com a época do casamento de Reed Richards/Sr. Fantástico (Ioan Gruffudd) e Sue Storm/Mulher Invisível (Jessica Alba), que agora são verdadeiras celebridades, ao lado de Johnny Storm/Tocha Humana (Chris Evans) e Ben Grimm/O Coisa (Michael Chiklis). O nerd Reed é pressionado pelo governo americano a resolver as interferências que o Surfista vem causando no planeta, e fica dividido em cumprir sua missão de herói e agradar a futura esposa em uma grande celebração, que vem sendo constantemente adiada. Para completar, o vilão Victor Von Doom/Doutor Destino (Julian McMahon) ressurge das cinzas.

O quarteto fantasiado se perde em alguns dramas bobos, com várias pitadas de humor pateta patrocinadas pelo Tocha Humana, e então o filme só cresce nos momentos em que o Surfista Prateado domina a tela – o personagem foi criado no computador tendo como base os movimentos do ator e mímico Doug Jones (o fauno de O Labirinto do Fauno) e recebendo a voz de Laurence Fishburne (o Morpheus de Matrix).

Os efeitos especiais que dão movimento às ações do Surfista e sua prancha são os destaque da produção, mas nada que surpreenda o público, não trazendo nenhuma grande novidade aos filmes do gênero. Como o primeiro filme foi sucesso e o segundo estreou muito bem nos EUA, a franquia deve continuar nos próximos anos. Espera-se que com roteiros melhores. GG1/2

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