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A casa que abriga o Centro Heitor Stockler de França destoa da paisagem do centro da cidade: lá dentro não se ouvem os barulhos da rua | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
A casa que abriga o Centro Heitor Stockler de França destoa da paisagem do centro da cidade: lá dentro não se ouvem os barulhos da rua| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Programação

Confira as atrações de novembro no Centro Cultural Heitor Stockler de França:

Rodas de Leitura

De 5 e 19 de novembro, às 19 horas.

Oficinas

A Escrita dos Textos Críticos em Arte

A partir do dia 6 de novembro, das 14 às 17 horas.

Violoncelo

Às segundas-feiras, das 14 horas às 15h45 ou das 16 horas às 17h15.

Técnica Vocal

Às terças-feiras, das 14 às 15 horas; das 15 às 16 horas ou das 16 às 17 horas.

Teatro

Terças-feiras, das 13h30 às 16 horas.

Linguagens da Arte Urbana, com Newton Goto

11 a 14 de novembro; 18 a 22 de novembro, das 8h30 às 12h30.

Madrugada Sangrenta

Dia 8 de novembro, sessões promovidas pela Vigor Mortis, com áudio via rádio FM.

Às 20 horas: Evil Dead 2.

Às 22 horas: Zombido 2: Chimarrão Zombies, com a presença do diretor Petter Baiestorf.

À meia-noite: Nervo Craniano Zero, sessão blood-o-rama.

Rodas de Choro (parceria com o Instituto Curitiba de Arte e Cultura)

Dias 9 e 23 de novembro, às 11 horas.

Bate-papo com Silvia Monteiro

Dia 14 de novembro, às 19 horas.

Tema: A fisicalização das figuras: uma intertextualidade cênica.

Música Instrumental

Dia 20 de novembro, às 19 horas

Apresentação de Sérgio Coelho (Trombone), Luis Otávio Almeida (Guitarra) e Vina Lacerda (Percussão).

Dia 27 de novembro, 19h.

Iê dos Santos (ceramofone) e Marcelo Teixeira (violão de 7 cordas).

  • Casa que abriga o centro cultural Heitor Stockler de França tem a mesma idade da catedral metropolitana: 120 anos
  • A pequena pia fica no canto da sala de jantar, onde estão acontecendo as rodas de choro
  • Cristaleira com objetos da família será mantida no espaço
  • Parte da biblioteca da família Stockler
  • Na sala de estar, quadros de familiares e amigos ocupam as paredes
  • Materiais do acervo da família: até agora, 209 caixas com documentos foram catalogadas
  • Equipe do Sesi realizada catalogação e separação do material há quatro meses
  • Oficinas, apresentações musicais e palestras são algumas das atrações do centro cultural

A centenária casa cor de rosa na Avenida Marechal Floriano Peixoto destoa da paisagem de selva urbana que a cerca, cheia de concreto e biarticulados. O espaço é um refúgio em meio ao centro da cidade: lá dentro, mal se ouvem os barulhos de escapamentos e buzinas, e é possível mergulhar no tempo. O imóvel onde morou um dos fundadores da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Heitor Stockler de França, escapou de virar agência bancária para se transformar em um centro cultural, administrado pelo Sesi, que já abriu programação para o público. Oficialmente, o centro será inaugurado em dezembro.

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Oficinas, cursos de formação de plateia, apresentações musicais e rodas de choro são algumas das atrações da casa (confira os eventos agendados para novembro ao lado). A intenção, diz a gerente de cultura do Sesi, Anna Zétola, é direcionar as ações para que tenham relação com memória e história. "Estamos testando a programação para encontrarmos a verdadeira vocação da casa", diz.

O que se sabe é que os moradores da residência, que pertenceu ao comerciante João Lourenço Taborda Ribas (sogro de Stockler, que comprou o imóvel), ficariam felizes em ver a transformação em espaço cultural: a família adorava receber os amigos, principalmente para saraus de leitura. Muitos deles, embalados por uma caixa de música (de 1852 – 24 discos foram encontrados no acervo, e o aparelho ainda funciona). A filha mais velha do casal Stockler, Marita (que viveu na casa até a sua morte em 2009), recebia os sobrinhos toda semana para um animado chá da tarde.

O Sesi fez um contrato de locação da casa por dez anos – e há intenção de compra. As negociações começaram, segundo o superintendente do Sesi, José Antonio Fares, após a família de Heitor Stockler visitar um local em homenagem a ele na Fiep, fundado em 2010. "Foi então que começou a conversa e houve a oportunidade de criar mais um espaço cultural", conta.

Para 2015, o Sesi pretende realizar um restauro completo na casa, mas a intenção é manter determinados espaços originais da residência. Alguns móveis foram levados pela família, mas os estofados e quadros nas paredes da sala de estar permanecerão. As cristaleiras da sala de jantar, repletas de xícaras e taças, também ficam, e enfeitam o local que vem recebendo as rodas de choro.

Videoteca

No sótão amplo, a intenção, segundo a gestora da casa, Miriam Nascimento Fernandes, é fazer uma video­teca ou biblioteca. Em parte do terreno, o Sesi planeja construir, provavelmente no ano que vem, um espaço multiuso e um café. Em novembro, além da programação cultural, a casa servirá de camarim para artistas que se apresentarão no palco Carlos Gomes, na Corrente Cultural.

Além do espaço físico privilegiado, a casa também tinha uma série de documentos, jornais, revistas e objetos que vêm sendo catalogados há quatro meses por uma equipe do Sesi, e que ajudam a contar tanto a história da instituição como a da cidade (os materiais mais antigos datam de 1850). A equipe encontrou, por exemplo, livros de balanço do comércio de Taborda Ribas, que têm listados "clientes ilustres." Até agora, são 209 caixas com documentos.

Segundo Anna Zétola, o Sesi negociará com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), que é parceira na programação cultural, para que integrem o material ao acervo da Casa da Memória.

Serviço

Centro Cultural Heitor Stockler de França

Av. Marechal Floriano Peixoto, 458 – Centro. Visitação conforme programação. A entrada é gratuita para todos os eventos. Para oficinas, é necessário se inscrever previamente pelo site www.sesipr.org.br/cultura.

Centro Cultural

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