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Em “A Pele de Vênus”, Emanuelle Seigner interpreta uma atriz que contracena com Mathieu Amalric, um diretor de teatro. | Divulgação
Em “A Pele de Vênus”, Emanuelle Seigner interpreta uma atriz que contracena com Mathieu Amalric, um diretor de teatro.| Foto: Divulgação

O novo filme de filme de Roman Polanski, A Pele de Vênus (2013), tem sessão de pré-estreia em Curitiba nesta segunda-feira (14), no Espaço Itaú. Diretor de “O Pianista”, Polanski desta vez coloca em cena uma atriz (Emanuelle Seigner) e um diretor de teatro (Mathieu Amalric).

Ela chega atrasada para um teste. Ele não consegue encontrar uma mulher capaz de interpretar o papel principal da peça que dá nome ao filme, inspirada nos escritos do austríaco Leopold von Sacher-Masoch (1836-1895), o nome na origem do substantivo “masoquismo”.

Vanda é atabalhoada, chega ao teatro mascando chiclete, molhada da chuva, e parece boba na melhor das hipóteses. Thomas, o dramaturgo, não dá nada por ela. Quer ir embora, encontrar sua “cara-metade”, jantar com vinho e tentar esquecer um dia difícil – todas as atrizes que apareceram para o teste eram inadequadas.

Mas Vanda insiste em ler uma cena e Thomas concorda relutantemente. Acontece que ela, quando começa a interpretar o diálogo entre uma mulher e seu servo, mostra um conhecimento impressionante do texto e um talento dramático notável. É como se a boba desastrada tivesse deixado de existir e no lugar dela surgisse uma mulher inteligente e dominadora.

Polanski leva Vanda e Thomas a um extremo. Fica difícil discernir o que é o diretor, a atriz e os personagens da peça dentro do filme.

É como se eles desistissem de ser quem são para se tornar a ficção que imaginam para si.

E o fim é degradante.

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