O filme Anjos e Demônios foi condenado pelo Vaticano antes mesmo de estrear nos cinemas: a Santa Sé aconselhou um boicote à produção. Essa é a sequência de uma briga que começou em 2006, com o lançamento do filme O Código da Vinci, também baseado em um livro de Dan Brown e estrelado por Tom Hanks.
O Código irritou a igreja porque sugeria a hipótese de que Maria Madalena e Jesus Cristo teriam tido uma filha. Dessa vez, a história se passa no Vaticano. Mas o diretor não pôde filmar lá dentro, nem nas igrejas, e a autorização para filmagem nas ruas de Roma foi tão limitada que o diretor Ron Howard usou o que ele chama de técnica de guerrilha: ataques rápidos e sem falhas.
Não foi fácil. Tom Hanks lembra que, no único dia em que eles poderiam filmar em frente a uma igreja, havia um casamento programado por lá. Como resultado, a noiva teve uma surpresa inesquecível.
"Vi que o carro da noiva, por nossa causa, não conseguia chegar à praça. A única coisa que eu podia fazer era bater à porta e dizer posso te levar até o altar? Quando cruzamos a praça, todo mundo aplaudiu. Aquele foi um momento especial para nós. Espero que para ela também", lembra. Durante a entrevista, um dos maiores atores de Hollywood se revela um divertido contador de histórias.
Currículo
A veia cômica de Tom Hanks lhe rendeu os primeiros papéis no cinema: era o bom moço de comédias românticas. Mas foi com Filadélfia, de 1992, que Tom Hanks se consagrou.
Ao dar vida a um doente de Aids, ele fez mais para derrubar o preconceito contra o homossexualismo e contra a doença do que muitas campanhas de esclarecimento. Ganhou o Oscar de melhor ator. Um ano depois, repetiu o feito com Forest Gump, o Contador de Histórias.
Pesquisar a fundo os assuntos tratados em seus filmes é uma marca de Tom Hanks. Para fazer o papel do sargento em O Resgate do Soldado Ryan, ele enfrentou um treinamento militar intenso.
Ciência
A nova aventura se passa em laboratórios sofisticados. Anjos e Demônios trata da ameaça de uma sociedade secreta de cientistas que querem destruir o Vaticano usando uma espécie de antimatéria produzida num superlaboratório. Por isso, Tom Hanks deu a entrevista em um laboratório do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, o CERN.
"Não tenho certeza de que entendi bem o que os cientistas fazem aqui, mas o trabalho que eles fazem produzirá grandes conseqüências, se conseguirem o que estão tentando", disse.
É verdade que, a cada vez que provoca a colisão de partículas, o CERN produz anti-matéria. E é verdade também que, com apenas um grama de antimatéria, é possível destruir a cidade do Vaticano e ainda um pedaço de Roma ao redor. Mesmo assim, a distância entre a ficção e a realidade ainda é de 1 milhão de anos, tempo necessário pra produzir esse um grama de antimatéria.
Em Anjos e Demônios, Tom Hanks faz o papel de um importante professor universitário americano que tenta impedir a destruição do Vaticano às vésperas de uma reunião de cardeais que vai eleger um novo papa. Pela primeira vez, ele repetirá um personagem, pois já tinha feito o papel do cientista em O Código da Vinci.
Anjos e Demônios provoca uma polêmica na carreira do astro que tem uma biografia extraordinariamente tranquila para os padrões de Hollywood: nunca se envolveu em escândalos, tem um currículo amoroso discreto e se casou apenas duas vezes. Uma raridade na biografia dos superastros.
Oposição amplia estratégias em busca da aprovação do PL da anistia
Centrão quer tirar proveito da indefinição da direita para 2026 e da impopularidade de Lula
Eduardo Bolsonaro vê “jogo armado” de PT, PGR e Moraes para teter seu passaporte
Trump confirma tarifa de 25% para Canadá e México e dobra taxa sobre a China