Novo filme do "Quarteto Fantástico" traz humor leve e temas atuais

Enquadrado como um filme para divertir uma família que tenha crianças e jovens, "Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado" chega aos cinemas, nesta sexta-feira (29), cumprindo bem seu papel. A segunda versão para as telonas dos super-heróis de histórias em quadrinhos da Marvel, criados por Stan Lee em 1961, dá continuidade às ações do Quarteto, que neste longa enfrenta o Surfista Prateado, ser cósmico, mensageiro do devorador de mundos Galactus, que pretende destruir nosso Planeta.

A direção e o elenco é o mesmo do primeiro filme: Tim Story é o diretor, o Senhor Fantástico (Reed Richards) é interpretado por Ioan Gruffudd; Jessica Alba dá vida à Mulher Invisível (Sue Storm); Chris Evans interpreta seu irmão Johnny, o Tocha Humana e o Coisa (Bem Grimm) é interpretado por Michael Chiklis. A fita começa com os preparativos para o casamento de Richards e Storm, considerado o "casamento do século". Mas a ocorrência de neve no Egito e o congelamento de uma baía no Japão ameaçam o grande momento do casal e, a partir daí, a história se desenrola.

O filme apresenta temas atuais como as bruscas mudanças climáticas, a pressão da mídia sobre os famosos e o caminho da negociação para se atingir os objetivos, permeado por cenas de ação, com bons efeitos especiais e humor leve. Para quem ainda não chegou à idade adulta o filme deve agradar em cheio, já para os adultos falta emoção.

A cena de perseguição do Tocha Humana atrás do Surfista Prateado é o melhor momento da fita. Há, ainda, efeitos interessantes, como o próprio Surfista, personagem digital, com referências de interpretação e movimento do ator Doug Jones, o vilão de "O Labirinto do Fauno". Na versão legendada tem a voz de Laurence Fishburne. A relação dele com a prancha, numa união de energia cósmica é bem apresentada na tela, num bom exemplo do uso da tecnologia no cinema, mas nada de novo. Quem também dá as caras na fita é o Fantasticarro, o veículo utilizado pela trupe em suas atividades.

Como fita infanto-juvenil não chega a aprofundar os assuntos. É uma boa alternativa para quem procura diversão sem compromisso, com mensagem positiva para a galerinha.