Foi um perrengue. O roteiro de Os Muppets, co-escrito pelo protagonista do longa, Jason Segel, recebeu vários "nãos" antes de ter a garantia de que seria rodado. Foram seis anos de insistência, lutando contra o seguinte argumento: os muppets já eram principalmente por conta do total fracasso de Os Muppets no Espaço (1999).
É em torno dessa afirmação que o mais novo filme da turma de Kermit o antigo Caco orbita. Poderia ser um irônico tapa de luva nos críticos. Mas Jason teve de pagar um preço alto aos estúdios Walt Disney, já que o comportamento, ao mesmo tempo humano e imponderável dos muppets, que nos surpreendia, se pasteurizou em um dualismo "bem contra o mal" recheado de tenebrosos clichês.
No filme dirigido James Bobin que estreia nesta sexta-feira nos cinemas de Curitiba, Walter, um muppet humanóide, sai de férias com Gary (Jason Segel) e sua namorada Mary (Amy Adams). O casal quer curtir o tempo livre. Já Walter, o maior fã dos muppets em todo o mundo, quer visitar o local onde aconteciam os shows.
Lá, Walter que na verdade é a encarnação do fã antigo da série, cheio de lembranças descobre um nefasto e macarrônico plano. O explorador de petróleo Tex Richman (Chris Cooper), quer destruir o Teatro Muppet para perfurar um poço e ganhar ainda mais grana.
Então, para arrecadar os US$ 10 milhões necessários para comprar o teatro, surge a ideia de montar uma espécie de show-teleton. Walter, Mary e Gary ajudam Kermit a reunir os Muppets, que haviam tomado rumos diferentes: Fozzie atua com uma banda cover chamada Moopets; Miss Piggy é uma extravagante editora de moda da Vogue Paris; Animal está em uma clínica de reabilitação; e Gonzo é um magnata do ramo de encanamentos.
Na parte final, o filme engrena um pouco, principalmente com alguns números musicais que relembram a melhor forma das criações de Jim Henson (1936-1990), a cabeça por trás dos muppets. Celebridades como Jack Black, Donald Glover, Dave Grohl, Whoopi Goldberg e Selena Gomez dão algum brilho e propiciam boas risadas. Mas Os Muppets é um filme enrolado e artificialmente concebido, o que vai contra a história natural da série. Nesse momento, é melhor ser saudosista e ouvir o coachar de Caco ao invés do de Kermit.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião