US$ 36 milhões foi o valor arrecadado pelo filme Planeta dos Macacos: O Confronto no último fim de semana nos Estados Unidos. O longa lidera as bilheterias americanas pela segunda semana.
Cinema
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Planeta dos Macacos: O Confronto, que estreia nos cinemas do país nesta quinta-feira, faz por merecer a liderança que conquistou nas bilheterias americanas nas últimas semanas. Com efeitos visuais deslumbrantes e "máscaras digitais" convincentes, cenas de batalha bem montadas e alguns clichês eficientes em suas sequências de ação, o longa cumpre seu papel de blockbuster ao longo de suas mais de duas horas de duração (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
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No entanto, falta a esta sequência, assinada pelo diretor Matt Reeves (de Cloverfield), momentos mais sublimes, como os que marcam o seu antecessor, A Origem, de Rupert Wyatt sejam as cenas do ainda jovem César com um de seus donos em estágio avançado de Alzheimer ao primeiros gritos de "não", presentes no início da revolução dos macacos sob sua liderança.
O Confronto levanta questões profundas sobre conflitos entre raças, manipulação, medo da diferença, irracionalidade armada e território ao colocar em contato o que restou da civilização humana em busca da sobrevivência e a recém-criada sociedade de macacos.
A narrativa dá sequência aos fatos prenunciados por A Origem, que mostra o início de uma epidemia mundial de um vírus símio letal para humanos enquanto macacos superinteligentes, liderados por César (Andy Serkis), fogem para uma floresta em São Francisco.
Tensão
Na ausência da civilização humana, exterminada pela gripe símia e por guerras civis que se seguiram à proliferação da doença, os macacos evoluem e constróem uma sociedade pacífica e organizada pelo menos até o primeiro contato com humanos, que inaugura uma tensão que permeia todo o filme.
O encontro acontece quando uma expedição de humanos cruza o território dos macacos ao procurar uma antiga usina hidrelétrica que pretendem reativar para alimentar seus meios de comunicação e entrar em contato com outros sobreviventes.
Crédulo dos valores de sua raça, César tenta evitar o choque entre as civilizações esforço que é compartilhado por Malcolm (Jason Clarke), um dos membros da expedição. Mas os dois heróis não conseguem conter a tensão entre as duas raças, que se sentem mutuamente ameaçadas.
O principal vilão da história acaba sendo um macaco, Koba (Toby Kebbell), que, ao descobrir o enorme poderio militar da comunidade de centenas de humanos que resiste em São Francisco, trai César e consegue convencer sua raça a atacá-los.
Este processo expõe as principais fraquezas do filme, ao colocar toda a responsabilidade do conflito sobre um vilão caricato, que incendeia as tensões com muita facilidade. Koba protagoniza tanto uma das melhores cenas quando engana humanos com estripulias de macaco de circo quanto as piores, quando, a cavalo, surge saltando em meio às chamas em um combate noturno.
Os personagens humanos também se mostram manipuláveis e dependentes, e mesmo a seus protagonistas falta a complexidade de seus correspondentes mais "peludos".
Assim, cabe a César as descobertas. Primeiro, que os macacos, responsáveis pelo início da guerra, são mais parecidos com humanos do que ele imaginava. Depois, que estes mesmos humanos jamais perdoarão o primeiro ataque e que a guerra nunca vai acabar.
Este é o sabor pessimista que O Planeta dos Macacos: O Confronto deixa no ar, em meio a imagens de encher os olhos. GGG 1/2
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