O que Lady Gaga, Rihanna, Ke$ha e Katy Perry, enfim, as cantoras pops do momento, têm em comum? Todas têm por trás de seus sucessos grandes produtores da dance music que criam hits "bate cabelo" prontos para invadir as rádios e, principalmente, as pistas de dança.
Um desses produtores é o escocês Calvin Harris, de 26 anos, que se apresenta na noite desta quinta-feira (18) em São Paulo, em um DJ set na casa noturna Hot Hot. Artista mais conhecido por seu trabalho do que pelo nome, ele lançou há três anos um elogiado álbum solo de electroclash, "I created disco", repleto de influências musicais (sintetizadores, leia-se) da década de 1980 - como "Acceptable in the 80s", "Girls" e "Merrymaking at my place".
Também em 2007 ele ganhou fama ao trabalhar com Kylie Minogue na produção do disco "Heart", responsável por um dos grandes singles do ano, "In my arms". "Eu acho que a dance music, de maneira geral, está em uma posição muito forte agora, nunca houve tantos singles do gênero nas paradas mundiais. David Guetta é um bom exemplo de alguém que conseguiu cruzar a linha entre e o pop e a dance music com um sucesso enorme", acredita Harris, em entrevista ao G1.
Depois do sucesso solo e de ter seu nome associado ao de Kylie, o DJ passou a ser alvo de artistas pop sedentos por "atualizar seus sons". A badalação era tão grande que ele se deu o privilégio de não trabalhar com Lady Gaga no futuro CD arrasa-quarteirão "The fame" (2008).
"Não foi simplesmente pular fora", explica. "Fui convidado para trabalhar em uma faixa do álbum, mas para mim ela não seria a melhor do disco, então não queria ser o cara que fez a pior música dela. Eu acho Lady Gaga incrível", alivia o escocês, que explica como seleciona os artistas com quem deseja trabalhar - seja para produzir discos ou criar remixes para nomes como The Ting Tings, Shakira e os brasileiros do CSS.
"Geralmente é apenas criar uma faixa e ficar pensando depois quem soaria incrível nela. Daí é só tentar fazer que isso aconteça: nunca dá para saber o que vai rolar, então eu espero e fico de olho", ri ele, atualmente em turnê para promover o seu segundo álbum solo, "Ready for the weekend" (2009).
"Já estou trabalhando no meu próximo álbum. Não deveria mencionar isso, mas ele terá algumas coisas empolgantes", adianta. "Eu registro minhas ideias no laptop e depois as transfiro para o estúdio quando estou em casa. Daí posso usar meus sintetizadores e adicionar as partes de guitarra e baixo mais tarde", continua.
Durante o lançamento de "Ready for the weekend", Harris foi criticado por incluir no álbum algumas faixas que já eram conhecidas do público, como a dançante "Dance wiv me", parceria com o rapper Dizzee Rascal, que fez sucesso em 2008.
As críticas questionavam se era relevante para um artista como ele lançar um álbum, afinal, Harris é um produtor nada "monogâmico", que não está preocupado em criar uma obra única, mas hits isolados.
"Claro que é importante lançar álbuns! Tenho certeza de que alguns artistas podem se dar bem sem nunca ter tido um, mas para mim é uma forma de organizar todas minhas faixas e colaborações para dar às pessoas um corpo do que é meu trabalho. Ready for the weekend foi muito sobre apenas se divertir", defende ele, que acredita que as influências musicais dos anos 80 nunca irão desaparecer se isso é bom ou não, cabe ao leitor julgar
"As pessoas sempre serão influenciadas pela música que já passou, esse tipo de coisa é cíclica. Há tantos sons incríveis que foram criados nos anos 80 que eu, pelo menos, sempre vou usá-los de alguma maneira."
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Deixe sua opinião