Cinema
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A ideia de uma nova adaptação de Tartarugas Ninja pode provocar certa nostalgia no público adulto, que cresceu vendo as adaptações para o cinema e para a televisão na década de 1990. O problema é que a nova versão atualiza não somente o visual das criaturas mutantes como também cria uma narrativa muito mais próxima de Transformers, nova coqueluche entre os jovens.
Não por acaso, a releitura dos quelônios para o século 21 tem produção de Michael Bay, patrono da série de robôs que se transformam em carros. Como se efeitos visuais fossem o bastante para garantir um bom filme, o novo longa-metragem, dirigido por Jonathan Liebesman (de Fúria de Titãs 2), teve até um software feito exclusivamente para desenhar as tartarugas.
Tanto esforço aparece de forma discreta na telona. Isso porque, embora sirva como chamariz para a obra, a verdadeira protagonista é a repórter April ONeil. Antes uma coadjuvante na trama, a personagem agora interpretada por Megan Fox ganhou um destaque excessivo, a ponto de ser creditada como responsável pela própria existência de Donatello, Michelangelo, Leonardo e Raphael.
A história continua a mesma do filme de 1990. Quatro tartarugas são treinadas pela ratazana Splinter e se tornam exímias lutadoras nos esgotos de Nova York. Juntas, elas tentam impedir a ascensão de Destruidor, um mestre japonês de artes marciais, que nessa versão vira um lutador com armadura de robô.
Humor
Talvez o maior problema do novo Tartarugas Ninja seja a seriedade da trama. Além de retirar o kung fu como base do confronto, trocando a leveza da luta por cenas de explosão e tiroteio, a nova versão também apresenta piadas pouco inspiradas, algo que sempre foi o ponto forte dos personagens. O clima pesado também não combina com a própria proposta do enredo, que parte de uma premissa absurda, perfeita para a inocência dos filmes originais. GG