Novo Transformers, velha fórmula

Com duas horas e40 minutos de duração, Transformers 4 – A Era da Extinção (2014), em cartaz nos cinemas desde ontem, coloca mais uma vez os robôs que se transformam em carros para destruir cidades mundo afora. Novamente dirigido por Michael Bay, o filme troca de elenco, mas mantém os diálogos patrióticos e os personagens mal construídos. A produção é a mais extensa e barulhenta da franquia, o que irrita a crítica, mas agrada ao público. A arrecadação do título nos Estados Unidos já passa de US$ 200 milhões (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

O 3D e os efeitos visuais impressionam, mas o elenco, não. A trama transforma os atores em bonecos maleáveis, que mudam de decisão conforme a necessidade do diretor. Consciente do tipo cinema que faz, Bay enche a produção de mensagens simbólicas. Em certo momento, o robô Optimus Prime se pergunta por que deve salvar a Terra. "Você deve encontrar coisas boas no lixão", responde o ator Mark Wahlberg, quase convidando o público ao desafio.