Nova York e arredores estão repletos de lugares abandonados: trens que não funcionam mais, resorts desativados e hospitais psiquiátricos sem pacientes. Alguns desses espaços, o fotógrafo Adriano Hultmann, radicado há 20 anos na cidade norte-americana, encontrou por acaso. Outros, foram achados mediante muita pesquisa e horas de metrô. O resultado dessa busca pode ser visto a partir de hoje, às 11 horas, no Galpão Thá Cultural, na mostra A Arte da Decomposição (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
SLIDESHOW: Confira fotos da mostra
Nos Estados Unidos desde 1993, o curitibano Hultmann, que atua no ramo imobiliário da cidade e é formado em marketing internacional, é um novato na fotografia: começou para valer há 15 meses, depois de uma viagem ao Marrocos. Lá, depois de perder sua câmera, acabou comprando outra, semi-profissional, de um canadense que viajava com o grupo. Quando voltou a Nova York, se inscreveu em um workshop e teve a ideia de retratar locais abandonados. "Comecei a pesquisar e vi que existem grupos de estudo que fazem essa exploração urbana. Resolvi ir atrás também", conta Hultmann.
Cenários
Apesar de realizar uma composição com as cenas (ele clica três frames da mesma paisagem, e depois os une em uma só fotografia), o fotógrafo tem como regra não alterar o cenário retratado, o que parece quase impossível em uma das imagens, que traz um resort abandonado (construído na década de 1970), e que preserva uma cadeira praticamente intacta na área da piscina. "Eu nunca componho a cena", diz Hultmann, que vai expor também em uma galeria nova-ioquina a partir de setembro (a See Me). A mostra no Galpão Cultural fica em cartaz até o dia 18 de agosto.
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