Mostra
Chuva de Cores
Estúdio Simon Arts (Av. República Argentina, 235 Água Verde), (41) 8854-7696. Inauguração hoje, às 19 horas. Entrada franca. Visitação apenas sob agendamento por telefone. Até o fim de março.
Cansado de conciliar a vida artística com outros trabalhos para conseguir dinheiro suficiente para pagar as suas contas, o artista inglês Simon Thompson resolveu largar tudo e "conhecer o mundo". Foi para Nagoya, no Japão, em 1996 para ficar três meses: acabou morando e trabalhando lá por oito anos.
Na temporada japonesa, conheceu a esposa, uma brasileira e, em 2004, resolveu vir com ela ao Brasil, e passou temporadas de um ano no Rio de Janeiro e em São Paulo. Contratado para fazer a decoração de um bar em Curitiba em 2007, engatou um trabalho no outro e resolveu se instalar definitivamente na capital paranaense, onde ficou conhecido pelos seus murais. Hoje, o artista abre seu ateliê e galeria no Água Verde ao público pela primeira vez para a exposição Chuva de Cores.
Thompson vai expor cerca de 25 telas em tamanho grande (algumas delas de até 2,5 metros), com paisagens urbanas de Curitiba e de outras cidades onde viveu, como a terra natal, Londres, Nova York e São Paulo. "Gosto muito de retratar o centro da cidade e seu movimento. Há também as figuras humanas e alguns retratos de pessoas famosas", explica o artista. O aspecto de tinta escorrendo nas telas, diz Thompson, foi usado para captar o movimento da chuva, mas sem deixar de lado uma paleta de cores bem colorida. "Como em Londres está sempre chovendo, queria desenhar esse efeito."
Além do tema paisagens urbanas, a pintura de Simon traz a influência dos murais que realiza em Curitiba seus desenhos são conhecidos em bares como Shreridans, Taco El Pancho, Vox Bar, Zapata e Aos Democratas. "Pintei lá [no Aos Democratas] quando ainda era um bar pequeno, fiz a parede atrás do palco", relembra Thompson. O primeiro bar que o artista decorou na cidade, entretanto, foi o Guffo Bar. Na mesma semana, hospedado em um hotel nas proximidades, no Batel, foi contratado para fazer pinturas em outros espaços. "Gostei muito da cidade, e o contato com os clientes gerou mais trabalhos. Resolvi ficar", relata o artista, que também já expôs em museus como o Alfredo Andersen.
Espaço
Simon Thompson conta que não foi difícil montar a sua vida no Brasil, mas que a arte é sempre "uma luta". "Quando saí de Londres tive de voltar ao início, fazer a minha reputação, começar do zero mesmo. Depois, quando saí do Japão, tudo de novo. Mas fui muito bem recebido em Curitiba. O fato de eu fazer o meu trabalho em espaços públicos me ajudou. O pessoal aqui tem fama de fechado, mas não concordo. Meus clientes hoje são todos amigos."
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast