Uma mistura entre um disco composto em meio ao silêncio e a dor, e outro feito com a euforia de estar novamente com a sua banda, é o que a carioca Nina Becker (confira o serviço completo do show) pretende mostrar hoje à noite, em show que acontece no Sesc da Esquina. No repertório, Nina e a banda formada por Gabriel Bubu e Gustavo Benjão, guitarra, Marcelo Callado, bateria, e Ricardo Dias Gomes, no baixo farão uma mistura com o repertório de Azul e Vermelho, álbuns lançados simultaneamente no ano passado, e que são completamente distintos.
Por conta de uma inflamação severa na coluna, causada por uma hérnia de disco, Nina teve de repousar e diminuir o ritmo de trabalho. Na época, coincidiu de sua banda estar em turnê com Caetano Veloso, para divulgar o disco Cê. Com isso, a cantora se viu um pouco desanimada para novos trabalhos. "O Miranda (Carlos Eduardo Miranda, produtor do álbum em parceria com Mauricio Tagliari), que é o meu grande amigo e me viu nessa situação, sugeriu que eu gravasse algumas coisas para eu me mexer. Como eu precisava viajar para São Paulo, isso acabou ajudando na minha recuperação", contou Nina em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.
O fim do processo lhe rendeu Azul, um disco limpo e com influências claras de samba e bossa nova, deixando como protagonista a voz de Nina Becker. Na época de composição (ela assina nove das 20 faixas que compõe os álbuns), a cantora preferiu o silêncio, o que lhe rendeu um "mergulho" no processo. "Na época, fiquei muito para dentro e solitária. Não conseguia sair muito de casa e, em São Paulo, por não conhecer muita gente, também ficava mais só. Foi aí que me reaproximei da composição", disse.
Anteriormente, Nina tinha um certo receio de escrever. "Eu achava que tinha de ser um gênio. Mas, aos poucos, vi que era só uma música e que alguém vai gostar." A convivência de quase nove anos com os músicos da Orquestra Imperial, projeto onde ficou mais conhecida pelo grande público, também ajudou a desmistificar a composição. "Ao longo da gravação de Azul comecei músicas novas, que acabaram sendo incorporadas", explicou.
Quente
Em Vermelho, o sentimento é o inverso: intenso, com influências do rock dos anos 1960 e 1970, comemorando o retorno da banda. Segundo a cantora, os músicos haviam acabado de retornar da turnê de Cê quando ela terminou o Azul. "Meu sonho era reunir todos para gravar juntos, por isso fiz um novo disco. Eu tenho uma relação de irmandade com eles (banda), não é só uma coisa de trabalho." De Vermelho, Nina Becker disse que a faixa "Do Avesso" será tocada em Curitiba pela primeira vez. "A gente nunca tinha tempo de ensaiar direito. Dessa vez deu certo. O bom é que o show acaba sendo sempre diferente."
Serviço:
Nina Becker Azul e Vermelho (confira o serviço completo do show). Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969). Hoje, às 21h. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada e comerciários do sistema Fiep). Mais informações, pelo telefone: (41) 3304-2222.
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