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O Brasil de Marc Ferrez Fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles
Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999 Centro Cívico), (41) 3350- 4400. Abertura hoje, às 19 horas, com entrada gratuita e visita guiada pelo curador Sergio Burgi. De terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 6 (adultos), R$ 3 (estudantes), livre para crianças de até 12 anos, maiores de 60 e escolas públicas pré-agendadas. Até 7 de julho.
Em uma época remota, quando o ato de fotografar exigia conhecimentos científicos de quem manuseava o pesado e rudimentar equipamento de captação de imagens, o fotógrafo carioca de origem francesa Marc Ferrez (1843-1923) foi o responsável por retratar o Brasil. Trabalhando para o Império Brasileiro, Ferrez acompanhou a construção de estradas de ferro pelo país, integrou a comissão geológica imperial, que era comandada pelo geólogo e geógrafo canadense Charles Frederick Hartt, e percorreu os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e parte da Região Amazônica, sendo o primeiro a fotografar os índios botocudos no interior baiano. Ferrez também guardou para a posteridade a evolução urbana do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Uma amostra do acervo do fotógrafo faz parte da exposição O Brasil de Marc Ferrez Fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles, que abre hoje, às 19 horas, no Museu Oscar Niemeyer (MON). São 75 imagens registradas entre 1860 e 1920 e que fazem parte do acervo de quase 5,5 mil fotografias de Ferrez mantido pela instituição que percorre todo o período de atividade do fotógrafo, do Império até a República, incluindo originais de sua primeira fase de atuação, de 1867 a 1873. A inauguração da mostra terá entrada gratuita e visita guiada pelo curador da exposição e coordenador da área de fotografia do Instituto Moreira Salles, Sergio Burgi.
"As imagens de natureza de Ferrez, em conjunto, compõem um poderoso mosaico das riquezas e dos potenciais naturais do país, sejam as paisagens marinhas realizadas na Baía de Guanabara ou em outros locais da costa atlântica brasileira, sejam as de serras, montanhas, matas e cachoeiras em torno da cidade do Rio de Janeiro", afirma Burgi.
O curador lembra ainda que Ferrez foi um fotógrafo que inovou tecnologicamente, usando câmeras que possibilitavam a captação de imagens panorâmicas. "Ferrez é o único no Brasil do século 19 a fazer de seu trabalho documental e de paisagem uma atividade exclusiva e rentável durante mais de 50 anos", conta Burgi. O fotógrafo foi representante no Brasil dos produtos criados pelos irmãos Auguste e Louis Lumière.
A exposição O Brasil de Marc Ferrez Fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles fica em cartaz no MON até 7 de julho.
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