São Paulo - Nada de rappers falastrões nem DJs ou bandas pop com prazo curto de validade.
A noite de abertura do Tim Festival ontem, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, teria como única atração o carismático saxofonista e compositor Sonny Rollins, uma das últimas lendas vivas do jazz.
Os ingressos para a apresentação estavam esgotados, mas será possível ouvir Rollins ao vivo, sem pagar nada, no sábado, às 11 horas, na área externa do Auditório Ibirapuera. Ele também toca na quinta, às 21 horas, na Marina da Glória, no Rio.
Ainda em boa forma, aos 78 anos, ele mantém acesa a chama criativa do hard bop, estilo que cultivou com outros gigantes do gênero, como Miles Davis (1926-1991), John Coltrane (1926-1967) e Clifford Brown (1930-1956), na década de 1950.
Improvisador de alta estirpe, Rollins lançou em 1958 o álbum Freedom Suite (suíte da liberdade), que entrou para a história como um dos primeiros a encarar o jazz como veículo de protesto social.
Três jazzistas norte-americanas de destaque na cena atual apresentam-se hoje em São Paulo, também com ingressos esgotados.
Carla Bley, pianista e compositora de peças inventivas, toca acompanhada do quinteto Lost Chords, no qual se destaca o baixo elétrico do virtuose Steve Swallow.
Com um delicado timbre vocal que lembra o de uma garotinha, a cantora Stacey Kent vai se apresentar pela primeira vez no Brasil. Seu repertório combina standards do jazz com releituras de alguns hits da MPB e da música pop das décadas de 1960 e 1970.
A talentosa baixista e cantora Esperanza Spalding já esteve por aqui, há dois anos, na companhia do cubano Roberto Fonseca. Retorna agora festejada pelos críticos como promissora revelação.
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