É quase óbvio evocar o refrão "Todo carnaval tem seu fim". Os shows que o grupo Los Hermanos faz nesta quinta (7), sexta (8) e sábado (9) na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, são os últimos atos da banda antes do "recesso por tempo indeterminado" palavras usadas na nota do site oficial que anunciou a pausa na carreira, dez anos depois de seu início. O refrão insiste ("E é o fim/ O fiiiiim"), assim como as especulações. Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba não falam com a imprensa sobre esse assunto (ou qualquer outro), mas quem está mais próximo deles aposta que a palavra "recesso" quer dizer apenas... recesso confirmando as palavras do tecladista Medina, que escreveu recentemente em seu blog que "é a definição do dicionário, no sentido estrito, sem eufemismo. A banda não acabou".Quando se fala em Los Hermanos, porém, adivinhar o enredo de carnavais futuros não é fácil. Amigo da banda e produtor de seus dois últimos CDs, "Ventura" e "4", Kassin estava com seu estúdio reservado para a gravação do quinto disco do grupo e foi avisado da parada apenas uma semana antes da nota oficial. Pego de surpresa? Sim e não.
A possibilidade de uma pausa para renovação sempre existiu na banda. E, ao contrário de alguns fãs, não achei estranho ou triste, e sim coerente com o que sempre fizeram, dizer não à parte financeira e sim à parte artística. Eles têm projetos individuais e é difícil tocá-los com a agenda dos Hermanos. O Camelo, por exemplo, tem vontade de fazer um disco só com violão de nylon revela. Eles não vão voltar no ano que vem, mas estes não são os últimos shows.
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