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O longa brasileiro "O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia, foi o grande vencedor da premiação do júri da 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, encerrada na noite de quinta-feira (2), no Auditório Ibirapuera, numa cerimônia comandada pelos apresentadores Serginho Groisman e Marina Person.

Na seqüência da premiação, foi exibido em cópia restaurada o filme "Macunaíma" (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, importante nome do movimento do Cinema Novo, falecido em 1988.

Segundo filme do pernambucano radicado em São Paulo Heitor Dhalia (que estreou no cinema com "Nina"), "O Cheiro do Ralo" levou também o prêmio da crítica, "pela junção de um fino humor negro com reflexões psicológicas e sociais, entre outras".

"O Cheiro do Ralo" adapta um livro de Lourenço Mutarelli, que também tem um pequeno papel no filme, ao lado do protagonista Selton Mello, que interpreta um homem obcecado, que compra e coleciona estranhos objetos.

Na categoria internacional, a crítica escolheu como melhor filme da Mostra a produção paraguaia "Hamaca Paraguaya", da diretora Paz Encina.

O Prêmio Especial do Júri foi concedido ao filme mexicano "O Violino", de Francisco Vargas, que mereceu também uma menção especial para o ator Don Angel Tavira.

O Prêmio de Melhor Ator ficou para o egípcio Adel Imam, de "O Edifício Yacoubian", do diretor Marwan Hamed. A Melhor Atriz foi a finlandesa Maria Lundqvist, de "Minha Vida sem Minhas Mães", produção que levou também o Prêmio da Juventude, obtido pela votação dos estudantes secundaristas que frequentam a sessão da Juventude, parte de uma programação especial e gratuita dentro da Mostra.

Outro filme brasileiro, "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger, recebeu Menção Honrosa do Júri. E também dividiu com "Antônia", de Tata Amaral, o cobiçado Prêmio Petrobras Cultural de Difusão, que foi concedido pela primeira vez na Mostra este ano. Cada um deles recebeu 200 mil reais para sua distribuição. O filme de Cao Hamburger estreou comercialmente em todo o Brasil nesta sexta-feira.

O Prêmio Petrobras Cultural de Difusão concedeu outros 200 mil reais para distribuição ao documentário "Fabricando Tomzé", de Décio Matos Jr.

A votação do público escolheu ainda como melhor longa estrangeiro de ficção o italiano "Rosso Come Il Cielo", de Cristiano Bortone. Na categoria documentário estrangeiro, o público votou pelo americano "Uma Verdade Inconveniente", de Davis Guggenheim, em que o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore faz um alarmante alerta sobre os perigos do aumento da temperatura global.

Entre os curtas, os melhores para os espectadores foram o brasileiro "Primeira Vez", de Fabrício Bittar, e "Quero Ser Piloto", de Diego Quemada-Diez (co-produção do Quênia, México e Espanha).

Na categoria médias-metragens, o público escolheu o brasileiro "Deus e o Diabo Em Cima da Muralha", de Tocha Alves e Daniel Lieff, e o francês "Jana Sanskriti -- Um Teatro em Campanha", de Jeanne Dosse.

O Prêmio Humanidade, criado há três anos para personalidades com uma trajetória especial dentro do cinema, foi concedido desta vez ao diretor italiano Vittorio De Seta, que exibiu nesta edição da Mostra seus filmes "Banditi a Orgosolo", de 1961, e "Cartas do Saara", de 2006.

A 30ª Mostra também divulgou seus números deste ano - 220 mil espectadores (20 mil a mais do que no ano passado) assistiram a 420 filmes, sendo 292 longas, 29 médias e 99 curtas-metragens.

Leia mais: Reuters/O Globo Online

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