As duas vertentes que norteiam os trabalhos da São Paulo Companhia de Dança – a remontagens de obras clássicas e a aposta em novas criações – terão vez no espetáculo que estreia dia 27 de março, no Guairão.

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Primeiro, a novidade. Oito bailarinos do corpo estável dançam a coreografia Os Duplos, que Maurício de Oliveira, paulista com carreira internacional (passou pelo Frankfurt Ballet sob a direção de William Forsythe), fez especialmente para o grupo. Diretora da companhia, Inês Bogéa conta que o convite foi feito ao coreógrafo pela movimentação inventiva que marca suas criações. "Ele propõe novas maneiras de configurar a cena em relação ao cenário e na maneira como organiza os bailarinos."

Ao projeto, juntaram-se o estilista Jum Nakao, responsável por figurinos que aludem à pele, sensorialmente, e o compositor André Abujamra, que acrescentou a música, mantendo uma relação de independência entre as artes própria da dança contemporânea, diferente da proposta de George Balanchine, que criava suas coreografias em cima das notas musicais. Do mestre norte-americano, a companhia remonta Theme and Variations, obra de 1947, baseada no andamento final da Suíte nº 3, de Tchaikovsky.

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Para se apropriar da coreografia, o grupo precisou receber um remontador autorizado, Ben Huys, ex-bailarino do New York City Ballet, que cuidou de repassar os detalhes pensados pelo criador até mesmo para os tutus (a roupa dos bailarinos). (LR)