À produção dramatúrgica, Arthur Azevedo conciliou a escrita de textos em prosa, costumeiramente classificados como contos, embora possam ser associados à fronteira entre a crônica e o conto, como observa Antônio Carlos Olivieri no prefácio à compilação Contos de Artur Azevedo (Difusão Cultural do Livro). Afinal, o autor neles condensa suas impressões sobre a vida pública e privada do final do século 19 e início do 20, aliando espírito crítico ao indispensável humor o que resulta em seu tom satírico.
Sua lavra de contos foi iniciada em 1871, mas apenas em 1889 o escritor selecionou alguns deles para a primeira publicação, no volume Contos Possíveis, dedicado a Machado de Assis, um de seus mais severos críticos, avesso à suposta superficialidade da comédia ligeira. No gênero, publicou ainda, em vida, Contos Efêmeros (1897) e Contos em Verso (1898).
Entre as frentes de atuação do múltiplo Arthur Azevedo, pode-se lembrar, ainda, a defesa da abolição da escravatura, manifestada em artigos para jornais e em cenas de revistas uma delas, A Família Salazar, chegou a ser censurada pelo Império.
O dramaturgo ainda fez parte do grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, ao lado do irmão Aluísio Azevedo (autor de O Cortiço), criando a Cadeira 29, que tem como patrono, por escolha do maranhense, o dramaturgo Martins Pena e hoje é ocupada pelo bibliófilo José Mindlin.