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O Édipo de Elias Andreato tem dois momentos: antes e depois de Jocasta entrar em cena. Tânia Bondezan faz uma boa mãe e esposa do protagonista trágico.

Sua chegada – ainda que já estivesse no palco, assim como todos os atores, em roda – impressiona. Cada trecho seu é marcado por força e um desgosto que vai num crescendo ao ver a desgraça iminente da investigação de Édipo, que tenta encontrar um assassino que é ele próprio. A tensão é ainda maior pela descoberta final de que ele há muito cumprira a predição do oráculo de se casar com a mãe.

Cláudio Fontana peca ao não mudar o registro de sua atuação como Édipo antes e depois da revelação. Ele é raivoso do início ao fim.

Uma boa opção da montagem foi o uso de acordeons: sem exageros, e com ótimas pausas em que o instrumento entrega só ar, como uma respiração ofegante de ansiedade.

ServiçoÉdipoTeatro Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/n.º), (41) 3213-1340. Estreia nacional. Direção: Elias Andreato. Dia 8, às 21 horas. Ingressos esgotados.

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