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Park City (EUA) - Na abertura do Festival de Sundance, quinta feira passada, o ator e diretor Robert Redford, criador do festival. comentou a respeito da eleição de Barack Obama, que toma posse amanhã como presidente dos Estados Unidos. "Estou feliz e de acordo com tudo que aconteceu. Esse novo governo é importante, principalmente por causa da mudança que ele representa. Estou esperançoso que essa mudança traga maior apoio às artes e à classe artística. Quanto antes a turma que está lá for embora será melhor", declarou

Redford iniciou seu discurso celebrando o 25º aniversário do evento e reafirmando que sua essência não mudou ao longo desse tempo. "O festival continua sendo um lugar de descobertas e de novos talentos. O que mudou mesmo foi o mundo e, por isso, foi preciso realizar alguns ajustes, muitos deles devido aos efeitos da globalização."

Para o diretor, a crise mundial é uma preocupação grande, mas ele vê saídas para as artes. "O clima econômico é terrível e é muito difícil prever como vai afetar o festival, mas a arte sempre encontrou um caminho: ela vai sobreviver e eu acredito nisso."

Animação

A 25.° edição do Festival de Sundance, maior vitrine do cinema independente nos Estados Unidos, teve início com uma exibição de gala de Mary and Max , um trabalho de animação emblemático e extraordinário, que faz um cruzamento do gênero com a interconexão global.

Mary and Max tem direção de Adam Elliot, autor de Harvie Krumpet, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 2004. O filme tem uma leveza encantadora, embora não deixe de abordar temas sérios como diversidade e questões existenciais.

Realizado utilizando a técnica de stop-motion, feita de bonecos de argila e massinha, aborda a ami-zade improvável entre duas pessoas muito diferentes: uma australiana de 8 anos e um homem de meia-idade de Nova Iorque (CB)

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