Entrevista
Confira parte da entrevista concedida pelo violinista à Gazeta do Povo no último sábado.
Serviço
André Rieu
Ginásio do Ibirapuera (R. Manoel da Nóbrega, 1.361 São Paulo), (11) 3887-3500. De 11 a 15 de setembro, à 21 horas, e 16 de setembro, às 19 horas. A partir de R$ 140.
Mais informações no site www.ingressorapido.com.br.
No último domingo, o violinista holandês André Rieu encerrou sua segunda temporada do ano no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, totalizando 24 shows até agora no Brasil. A série de concertos, a primeira de Rieu na América do Sul, tem mais seis datas confirmadas em setembro, e deve retornar ao país no próximo ano, com apresentações também no Rio de Janeiro.
Com pelo menos sete mil pessoas por dia, de acordo com a produção, são mais de 160 mil fãs atraídos para o espetáculo, que mistura obras de música clássica e canções populares em arranjos para orquestra com performances cênicas bem-humoradas, tudo ambientado em um universo de bailes nobres do século 19. "É um espetáculo recorde no Brasil, histórico", diz o responsável pelo evento, Manoel Poladian vibrante com o que diz ser o maior fenômeno de sua carreira de produtor.
O Paraná foi um dos principais estados de origem do público, de acordo com Poladian, que estima em até 20 mil os paranaenses que foram ao encontro do ídolo em São Paulo.
O show
As dimensões gigantescas do sucesso da orquestra do holandês têm algo de sintonia com o clima criado pelo músico nos shows. Rieu, simultaneamente violinista, maestro e animador, ativa uma atmosfera de reverência à música, à orquestra que criou em 1987 e à própria plateia. "O melhor público do mundo é daqui de São Paulo", grita o maestro, diante de um Ginásio do Ibirapuera quase lotado na última sexta-feira (13). "Esta valsa vai fazê-los felizes para o resto de suas vidas", anuncia, antes de umas das muitas valsas de Johann Strauss do repertório, que ainda teria trechos de Puccini e Bizet, mas também "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá e Antônio Maria, e "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló. "Tenho certeza de que tenho a mais bela profissão do mundo: fazer música", diz, depois de contar sobre as cartas que recebe de pessoas que se curaram de enfermidades com seus DVDs e de despejar uma porção considerável de neve artificial sobre os pagantes das cadeiras Gold.
A plateia, formada predominantemente pelo público adulto e seus acompanhantes e aí inclui-se uma presença notável de idosos cadeirantes responde a cada interação com igual intensidade, conquistada pelo carisma de Rieu e pela temática mágica que leva ao palco. Um telão côncavo ao fundo ajuda a sublinhar o contexto de cada obra, geralmente explicado por Rieu.
Os instrumentistas, todos em vestidos volumosos e fraques, fazem números pueris. Interpretam beberrões que compartilham garrafas de bebida pelas costas do caricato regente, que arranca risos do público ao alternar movimentos das sobrancelhas em desaprovação. Tudo milimetricamente ensaiado incluindo aí, uma piada sobre a defeituosa boneca "feita no Paraguai", interpretada pela soprano brasileira Carla Maffioletti. Não há pudor ao fazer o espetáculo se sobrepor às obras, que são tocadas de forma competente pela orquestra em arranjos conservadores. "Não estou criando alguma coisa", diz Rieu, perguntado sobre o contraste entre a imagem da música clássica tradicional e a que cria. "Só estou tocando a minha música", diz.
O jornalista viajou a convite da Poladian Produções.
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