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Durante os ensaios do monólogo O Filho Eterno, o ator Charles Fricks chegou a confessar seu temor ao diretor Daniel Herz: "O público não vai assistir até o fim". Estreada a peça – baseada no livro autobiográfico de Cristovão Tezza, escritor e colunista da Gazeta do Povo –, a atriz Zezé Polessa iria confidenciar, ao fim: "O tempo todo eu dizia para mim mesma que só ficaria mais cinco minutos". O incômodo é justificável pelas verdades bravas e doídas ditas pelo pai do filho com Síndrome de Down em cena. "Ele vai morrer logo", torce, o olhar de ódio, para livrar-se do estorvo recém-descoberto. Contrariando as expectativas pessimistas – ou seria o senso comum? –, O Filho Eterno, indicado para o Prêmio Shell, estreou no Rio de Janeiro em junho do ano passado e fez seu público de 7 mil pessoas no boca a boca. Na capital fluminense, fica no Teatro do Leblon até 25 de fevereiro. Para março, está se acertando temporada em uma unidade do Sesc em São Paulo.

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