Para jovens e crianças
Além da BestBolso, a Record acaba de inaugurar a coleção Galera, lançando um pacote de 14 títulos inéditos voltados para o público "jovem adulto". O nome foi importado, provavelmente, do inglês, onde o gênero young adult engloba livros que estão entre os infantis e a literatura "adulta".
Assim como na BestBolso, a Galera Record também vai lançar cinco novos títulos por mês a partir de outubro.
O selo será a nova casa de Meg Cabot, Cecily von Ziegesar, Eoin Colfer, Anthony Horowitz, Charles Higson, Justin Somper e vários outros autores já publicados pela editora.
Galera foi criado para atender o público de 12 a 20 e muitos anos e reúne romances que passeiam por temas como aventura, moda, ficção científica, fofoca, fantasia e rock.
Há ainda o Galerinha Record, voltado para crianças, onde aparecem os títulos infantis de Louis Sachar, Antonio Skármeta, John Bellairs, Leo Cunha, Lya Luft, Leticia Wierzchowski, Marco Túlio Costa, Dick-King Smith e outros.
Como parte do projeto Galera Record, foi criado o site www.galerarecord.com.br, onde o leitor encontra promoções, fórum de discussão, primeiros capítulos disponíveis para leitura, testes para os fãs, listas, downloads, webcards, links e notícias.
Números
900 displays da BestBolso serão espalhados por livrarias, mercados, bancas e farmácias do país; 30 deles vêm para Curitiba.
24 livros compõem a primeira leva de lançamentos da BestBolso, que promete lançar cinco novos títulos a cada mês.
Os lançamentos
Com 24 lançamentos simultâneos, a Record entra no mercado de livros de bolso e assume o compromisso de lançar cinco novos títulos por mês a partir de outubro, usando como fonte o catálogo de todas as editoras que fazem parte do grupo além da própria Record, Bertrand Brasil, José Olympio, Best Seller, Civilização Brasileira, Nova Era, Difel e Rosa dos Ventos.
A investida torna a disputa pela atenção do público ainda mais interessante. No mercado nacional, os acervos da L&PM, da Companhia de Bolso e da Martin Claret, somados, oferecem mais de mil títulos.
A editora Silvia Leitão, da BestBolso, defende que cada coleção tem características distintas, citando que a Martin Claret (mais de 300 livros lançados), por exemplo, trabalha exclusivamente com obras em domínio público livres de direitos autorais , que respondem também por parte do catálogo da L&PM Pocket (hoje com 635 opções).
A principal concorrente que a BestBolso terá de enfrentar talvez seja a Companhia de Bolso (57 títulos). Ambas têm como proposta o lançamento no formato de bolso de livros que se tornaram best sellers da casa (confira quadro com todos os lançamentos deste ano). Vem daí a opção pela Record destacar Umberto Eco (Baudolino), Anne Frank (e o seu diário), Robin Cook (Coma) e Herman Hesse (O Jogo das Contas de Vidro).
Para comparar, as últimas novidades da Companhia de Bolso foram os romances A Caixa Preta, de Amós Oz, e A Viagem de Théo, de Catherine Clément. A L&PM recém-lançou Geração Beat, de Jack Kerouac, e Guerra e Paz, de Tolstói, em quatro volumes, com a opção de uma caixa que reúne todos eles.
A Record avaliava a possibilidade de entrar no mercado de livros de bolso há cinco anos. Nesse período, chegou a experimentar o formato em parceria com a Harlequin Books, do Canadá, lançando alguns romances populares na linha dos escritos por Nora Roberts somente em bancas de revistas.
Embora prefira não revelar o valor do investimento, Silvia conta que a Record espera um crescimento de 5% no faturamento de 2007, motivado pela BestBolso e pela Galera Record (leia mais sobre o selo de "jovens adultos" nesta página). Cada um dos títulos da BestBolso tem tiragem inicial de 6 mil exemplares e os preços variam de R$ 14,90 a R$ 19,90. O tamanho é 12 cm X 18 cm.
Híbrido
Existe uma peculiaridade do brasileiro em relação ao mercado de livros de bolso. Na França e nos EUA, o formato quase sempre sai em papel jornal, que caracteriza livros de consumo imediato. Eles são, de certa forma, "descartáveis" e se deterioram rápido.
No Brasil, o papel jornal não pegou. "Inicialmente, havia uma resistência do brasileiro. Agora, há uma demanda crescente graças à qualidade do texto e do formato. Não trabalhamos com papel jornal como a Penguin (de língua inglesa) e a Gallimard (francesa)", explica Silvia.
O formato de bolso à brasileira se utilizou de algumas características das brochuras e se tornou uma espécie de híbrido, carregando o "bolso" apenas no nome por serem coleções elaboradas e edições caprichadas.
A BestBolso usa papel off-set no miolo (sem transparência) e a capa é em papel couché. O acabamento é feito com cola PUR, à base de poliuretano, pouco usada no Brasil, o que torna os livros flexíveis, favorece o manuseio e, conseqüentemente, a leitura.
Nos EUA, um livro é editado primeiro em capa dura, considerada uma edição de luxo que custa, em média, US$ 25 (cerca de R$ 50). Meses depois, se o desempenho inicial for bom, ganha uma versão em brochura, de mais ou menos US$ 15 (R$ 30). Os best sellers enfrentam uma terceira etapa e viram livros de bolso a US$ 10 (R$ 20) ou menos.
"O poder aquisitivo da classe média brasileira vem caindo. Isso é fato", diz Silvia. Daí o formato de bolso "de qualidade" virar uma boa opção para quem gosta de livros.
Os títulos da BestBolso serão divididos em ensaio, suspense, novela, romances clássicos e contemporâneos. Cada gênero corresponde a uma cor específica da contracapa, assim o suspense é vermelho e a literatura contemporânea, verde.
Outro detalhe que pode parecer insignificante, mas faz uma diferença brutal na hora de ler, é o tamanho da fonte e o espaçamento entre as linhas. Nos dois casos, de acordo com Silvia, a idéia é que as letras sejam confortáveis a ponto de as diferenças entre a edição tradicional e a de bolso serem quase imperceptíveis.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião