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Cinema

O grande falsário

Estreia o longa-metragem ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro no ano passado sobre uma grande operação de falsificação empreendida pelo regime nazista

Sally Sorowitsch (Karl Markovics), o “Rei das falsificações”, contribui com a SS | Divulgação
Sally Sorowitsch (Karl Markovics), o “Rei das falsificações”, contribui com a SS (Foto: Divulgação)

O drama coproduzido pela Áustria e a Alemanha Os Falsários, do austríaco Stefan Ruzowitzky, venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2008 e participou da seleção oficial do Festival de Berlim de 2007.

O roteiro é baseado no livro The Devil’s Workshop, de Adolf Burger, que conta a história de Salomon "Sally" Sorowitsch (Karl Markovics), um judeu de origem russa conhecido como "Rei das Falsificações" por sua incrível capacidade de reproduzir notas e documentos – o que lhe permite levar uma vida luxuosa.

Em 1936, Sorowitsch está em Berlim a serviço e decide ficar mais um dia além do que deveria, seduzido pela bela Aglaia (Marie Bäumer). Na manhã seguinte, é preso pelo inspetor Herzog (Devid Striesow). Assim como muitos outros "profissionais do crime", Sorowitsch é enviado para o campo de concentração de Mauthausen, onde os prisioneiros são sistematicamente mortos.

Confiando no seu instinto de sobrevivência e em suas habilidades artísticas, Sorowitsch se torna o artista pessoal da SS.

Operação Bernhard

Em 1944, ele é transferido para outro campo, Sachsenhausen, onde é recepcionado por seu "velho conhecido", Herzog, que acaba de ser promovido e chefia um comando especial secreto. Ali, ele concorda em ajudar os nazistas em uma gigantesca operação de falsificação criada para financiar a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Foram impressas mais de 130 milhões de libras esterlinas, colocadas no mercado como estratégia para minar a economia dos inimigos ingleses e norte-americanos e encher os cofres alemães, que estavam vazios, no que ficou conhecido como "Operação Bernhard". Salomon participa do projeto com outros prisioneiros, entre eles, pintores profissionais, guardas de banco e peritos.

O filme revela como o grupo de falsários encontra na atividade ilegal uma forma de sobreviver aos horrores do campo de concentração e se tornam ídolos entre os prisioneiros, com direito até a mesas de pingue-pongue. Salomon não parece ter crises de consciência pelo que faz, mas seus amigos se angustiam ao ajudar um regime que destrói suas próprias famílias. É o caso do comunista Adolf Burger (August Diehl), que teme pela vida da mulher, presa em um campo de concentração sem nenhuma regalia. GGGG

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