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Um dos fatos comemorados pela organização do evento na capital foi a ausência de ocorrências policiais graves. A Secretaria Estadual de Cultura aposta que a Virada Cultural Paraná vai repetir o feito no interior | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Um dos fatos comemorados pela organização do evento na capital foi a ausência de ocorrências policiais graves. A Secretaria Estadual de Cultura aposta que a Virada Cultural Paraná vai repetir o feito no interior| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Programação

Confira algumas das atrações previstas para as cidades do interior durante a Virada Cultural Paraná. A programação completa ainda não foi divulgada.

• Campo Mourão

Orquestra Paranaense de Viola Caipira da Faculdade Assis Gurgacz

Grupo Vocal Brasileirão e Quarteto em Cy

• Cianorte

Renato Teixeira

• Foz do Iguaçu

Zeca Baleiro

A Banda Mais Bonita da Cidade

Orquestra Sinfônica do Paraná e Viola Quebrada

• Maringá

Sandra de Sá

Emílio Santiago com Orquestra à Base de Sopro

• Curitiba

Cauby Peixoto com Ângela Maria

Fonte: Representantes das secretarias municipais entrevistados pela reportagem.

  • A Virada Cultural de Curitiba mobilizou cerca de 200 mil pessoas no ano passado

Quatro cidades além de Curitiba terão viradas culturais nos dias 10 e 11 de novembro. Campo Mourão, Cianorte, Foz do Iguaçu e Maringá aderiram à data com programações locais combinadas às atrações promovidas pelo governo do estado por meio do projeto Virada Cultural Paraná.

A experiência da Secre­taria Estadual de Cultura conta com um investimento de R$ 2 milhões para as estruturas de palco e para a circulação das atrações pelas cinco cidades.

Artistas trazidos pelo órgão, como Zeca Baleiro (veja outras atrações confirmadas ao lado), se apresentam tanto em Curitiba quanto em Foz do Iguaçu, por exemplo.

Na capital, o governo conta com parcerias com o Sesi e com o Sesc para a criação de um novo espaço, o Palco Conexões, que ficará na Boca Maldita. Até então, a Secretaria da Cultura participava da Virada Cultural de Curitiba com espaços como o Teatro Guaíra e o Museu Oscar Niemeyer.

Os municípios, além de ocupar os palcos com programações locais, serão os responsáveis pelo restante da estrutura de suas viradas, incluindo segurança, ambulâncias e banheiros químicos.

"É uma ferramenta para a gente cumprir uma determinação do plano de governo, que é descentralizar as ações da cultura no estado", explica o secretário estadual da Cultura, Paulino Viapiana, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo.

"É um momento importante na cultura e uma forma de estimular a população a criar esses hábitos de consumo cultural, a exigir de governos e da sociedade atividades de qualidade, de promoção da cultura local e regional", diz.

A intenção da secretaria é expandir o projeto para as principais cidades de cada macro e microrregião do estado nos próximos anos.

"Embora já tenhamos a experiência de Curitiba, é necessário fazer esse experimento para compreender como vai funcionar", explica o secretário.

Os municípios foram escolhidos de acordo com a viabilidade logística para a circulação de atrações e a disponibilidade de cada um. "Algumas cidades do interior que realizaram viradas por conta própria, como Toledo, Cascavel e Paranaguá, foram muito bem-sucedidas, a receptividade foi muito boa. A gente fez questão de atender cidades que manifestaram desejo de ter as suas", afirma Viapiana.

Especificidades

As viradas seguirão o modelo do evento em Curitiba, que chega à terceira edição em 2012. A programação, no entanto, será construída de acordo com as características de cada cidade.

Em Campo Mourão, por exemplo, cujo palco será montado próximo da igreja Matriz, no centro, a programação reserva um intervalo para a missa de domingo. "São realidades completamente diferentes e interessantes", explica a assessora da Coordenação de Ação Cultural da Secretaria da Cultura, Luci Daros, que diz ter percorrido os municípios participantes para falar sobre as experiências que a equipe da secretaria (então parte da Fundação Cultural de Curitiba) teve na capital.

"A intenção é mostrar os grupos artísticos locais, o que a cidade tem a oferecer localmente", diz.

Campo Mourão deverá montar um segundo palco, que terá música, dança e teatro, além de atividades como mostra de filmes e biblioteca itinerante. "Temos atrações que vêm daqui e de todos os municípios da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam)", conta a diretora de Desenvolvimento Cultural da cidade, Elza de Moraes. "Esperamos a adesão de todos esses 25 municípios. Temos como característica uma grande participação popular nos eventos", conta.

Em Cianorte, a programação, que terá grupos locais de dança e teatro, está prevista para acontecer entre o meio-dia de sábado e as 3 horas da manhã de domingo. "Quisemos estender a programação para mobilizar a cultura de todo o município", diz a chefe da divisão de cultura da prefeitura de Cianorte, Michelli Ferrari. "Cianorte ainda é uma cidade tímida na questão cultural. Tem muita coisa boa produzida aqui e a própria população não conhece. É uma forma de divulgarmos isso."

Foz do Iguaçu, que já promoveu um evento em moldes semelhantes (uma programação de rock ininterrupta de 30 horas), chegou a abrir um edital para selecionar as atrações locais. "Há muitos artistas em Foz que desenvolvem grandes trabalhos na tríplice fronteira. Seria inconcebível fazer uma escolha", explica o secretário geral da Fundação Cultural da cidade, Juca Rodrigues. A extensa programação acontece em mais de um palco no entorno da Praça da Paz, no centro da cidade.

Para a secretária de Cultura de Maringá, Flor Duarte, o evento deverá confirmar uma tendência de adesão da população aos projetos culturais promovidos pela prefeitura. "A cidade se habituou a alguns de nossos projetos. Eles já nem pertencem mais à gente", conta.

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