As fases criativas pelas quais o artista paranaense Carlos Eduardo Zimmerman passou ao longo dos últimos 35 anos estão sintetizadas no livro Zimmermann O Objeto e Sua Aura, cujo lançamento acontece hoje, das 19 às 22 horas, no Espaço Cultural BRDE (Palacete dos Leões Av. João Gualberto, 570). A trajetória do artista é revista em 124 páginas preenchidas com obras selecionadas pelo curador Jaime Bernardo e analisada em textos dos críticos Olívio Tavares de Araújo, Adalice Araújo e Roberto Pontual.
Virtuose no desenho, Zimmermann é considerado um dos principais representantes do surrealismo paranaense, embora Roberto Pontual identifique na sua produção mais recente a passagem do surrealismo explícito, "de referências eróticas", para um realismo tão minucioso que chega a parecer "estranho, inquietante e irreal".
Tavares de Araújo, por sua vez, decompõe a obra do artista paranaense, nascido em Antonina, em três coordenadas: o desenho realista dos detalhes, herança do hiperrealismo; a organização regular do espaço como nas composições abstratas geométricas; e o clima "insólito" e sugestivo.
"Não é possível ver, na arte de Zimmermann seja na de ontem, seja na de agora , a que demônios pessoais ela serve de catarse. O que o seduz e o motiva não é, portanto, o grito visceral, mas sim um jogo polido e civilizado, uma arte como dosagem e controle de efeitos, como excitação da sensibilidade em seu lado mais intelectual e sofisticado, e não em sua rudeza ou em seus abismos", analisa Tavares Araújo.
Mais informações pelo telefone (41) 3219-8056.
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