Janeiro é sempre igual. Há bons lançamentos nas salas de cinema, mas quase nada entra em cartaz nos palcos da cidade. Será que os artistas aproveitam o período para sair de férias? Ou o marasmo se deve ao receio de estrear suas montagens para os poucos gatos-pingados que ficaram na cidade?
Para o diretor Edson Bueno, que estréia Salomé Um Sonho de Oscar Wilde no próximo dia 24, no Espaço Falec, a idéia de que nnão há público em janeiro é ilusória. "Já estreei muitos espetáculos em janeiro, e sempre tivemos uma boa acolhida", diz. Ele explica que o que ocorre, na verdade, é uma inversão: os dias mais freqüentados passam a ser os dias semana. "As pessoas viajam nos fins de semana", conta.
O diretor Paulo Alves abre a temporada de espetáculos adultos de 2007 com a peça Macbeth Quem Comédia Bipo-lar, que estréia hoje, no Espaço Dois (ler matéria acima). Ele não tem medo de ficar sem público. "Curitiba já é uma cidade cosmopolita. Além disso, as pessoas não podem mais passar longas temporadas na praia como antigamente", conta.
O Teatro de Bonecos do Dr. Botica não interrompeu sua produção. No primeiro mês do ano, deu início a uma temporada especial que atrai a criançada entediada com as férias escolares. A primeira atração, Araújo e Ofélia, veio de Portugal. Hoje, estréia Traquinagens, do grupo DeVitimaréu Teatro de Bonecos, e no fim de semana, Os Infindáveis Versos do Capuchinho e do Lobo Mau, de Evaldo Barros.
O Espaço Teatro Regina Vogue retoma suas atividades na sexta, com o show cômico Temporada de Humor, um en-contro de artistas da stand up comedy, entre eles Marco Zeni, Miau Carraro, Rafael Magaldi, Fábio Lins, Danilo Gentile e Márcio Ribeiro. No fim de semana, volta à cena a montagem infantil Sherazade, de Maurício Vogue.
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