
O Festival de Dança de Joinville chega à sua 32.ª edição e, além da quantidade, aposta também na diversificação. Desde o dia 23 de julho, os cerca de 6,5 mil participantes do evento que estão na cidade catarinense encontram não só as conhecidas noites competitivas e apresentações de grupos consagrados no palco do Centreventos Cau Hansen, mas também espetáculos alternativos, cursos, debates sobre dança e apresentações ao ar livre.
Os espetáculos das noites competitivas interessam tanto a profissionais da área quanto ao público não iniciado. Os grupos que estão na disputa são previamente selecionados, o que já é considerado uma vitória para muitos. A cada noite há duas modalidades balé neoclássico e danças populares em um dia, por exemplo; e danças urbanas e dança contemporânea em outro.
A presença de estudantes de dança reunidos em grupo para assistir e talvez até a arquitetura do Centreventos uma arena multiuso dão a essas noites quase um clima esportivo, em que se destaca o virtuosismo. Cinco piruetas, por exemplo, geram muito mais alarde momentâneo do que uma coreografia bem produzida.
Mas fica somente no clima de disputa olímpica quem quiser. O evento atrai profissionais dos mais gabaritados e de diferentes vertentes. É possível perceber jovens talentos e habilidade coreográfica nas apresentações da competição. Além disso, as noites competitivas estimulam estudantes e coreógrafos a mostrarem o resultado de seu trabalho e buscarem algum reconhecimento.
No último sábado, o coreógrafo Lourival Araújo Filho, do Wisla, Grupo Folclórico Polonês do Paraná, participou pela 5.ª vez de uma noite competitiva do Festival. Para ele, este ano foi a melhor apresentação que seu grupo já fez no evento. Eles ficaram em 2.º lugar na sua categoria. "Quando estávamos no palco, perdemos o ideal de disputa", diz o coreógrafo sobre o prazer de pisar no palco principal do evento.
Democrático
Os palcos abertos, em praças e shoppings da cidade, oferecem apresentações gratuitas diariamente. Nessa opção, não há competição e as modalidades são apresentadas de maneira livre. São esses palcos que mais aproximam a comunidade da cidade do Festival de Joinville. É também uma boa alternativa para quem decide prestigiar o evento "na última hora."



