O curso da Faculdade de Artes do Paraná já formou gente invejada em todo o país. Para mencionar os globais, contando desde a origem do curso, no Teatro Guaíra, é possível ficar em Luís Melo, Letícia Sabatella e até gente da novíssima geração, como Anderson Lau, de Bang Bang, e Fernanda Machado, de Alma Gêmea. Para quem prefere os que se mantiveram no palco, os nomes incluem o próprio Edson Bueno, Érica Migon, Rosana Stavis e Ivam Cabral.
Por essas e por outras vale a pena ficar de olho na mostra de teatro da FAP que começa hoje, no Teatro Edson Bueno. A próxima geração de atores, atrizes e diretores paranaenses começa a botar a cabeça de fora. São os formandos da faculdade que montam as peças tanto os do curso de direção quanto os de interpretação. Para alguns, é a primeira grande experiência no palco. Para outros, uma chance de ingressar no mercado profissional com o pé direito.
Neste ano, a mostra traz à cena seis grupos com propostas bastante diferentes. Há desde espetáculos de rua até dramaturgia experimental, passando por comédias e dramas com textos de autoria própria.
A principal novidade neste ano é que, pela primeira vez, as peças serão todas apresentadas num mesmo teatro e em seqüência. "Antes, as apresentações ficavam diluídas em vários lugares e as pessoas nem conseguiam assistir a tudo, porque as datas muitas vezes coincidiam", afirma Cristóvão de Oliveira, um dos formandos e idealizador da iniciativa neste ano.
Programação
A mostra começa hoje às 19 horas, com a abertura oficial. Às 20 horas, entra em cena o primeiro espetáculo. É Trottoir, escrito e dirigido por José Fernando Meira. A peça é descrita como "fortemente influenciada" pelo texto de O Apanhador nos Campos de Centeio, clássico de J. D. Salinger sobre os desajustados juvenis norte-americanos.
Amanhã é a vez de São Peters, de Cristóvão de Oliveira. Ele diz que, para compor a peça, misturou palíndromos, Kierkegaard, Sartre e Beckett e classifica o trabalho como simbólico. Na quinta, será apresentada Parasitas, do alemão Marius von Mayenburg, dirigida por Henrique Saidel.
Na sexta, a mostra prossegue com A Dona da História, de João Falcão, texto que deu origem ao filme homônimo. A peça é dirigida por Fernando Klug, experiente encenador da cidade que decidiu agora fazer o curso da FAP.
No sábado, a peça é Ansienon Descomposturas de um Doente Mental Normal, de Nadya dos Santos. É uma comédia nonsense, que fala sobre como algumas pessoas gostam de abusar de remédios, mesmo sem precisar deles.
A última peça da mostra será realizada nas imediações do teatro, no Centro da cidade. Cauê Krüger dirigiu uma adaptação de O Grande Mentecapto, romance de Fernando Sabino que será mostrado sob a forma de espetáculo de rua. Essa é a única apresentação fora do horário normal. Será às 13 horas do domingo.
Serviço: Mostra + Teatro da FAP. Teatro Edson Bueno (Galeria Pinheiro Lima, Pça. Tiradentes), (41) 3015-8705. Dias 15, 16, 17, 18 e 19, às 20 horas; e dia 20, às 13 horas. Entrada franca.
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