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Os sentimentos vividos em uma visita ao hospital vão para o palco, com o objetivo de emocionar a plateia, na peça Palhaço ou Ato pela Sobrevivência, da Companhia Risologistas. A apresentação acontece amanhã, às 20 horas, no Guairinha (R. XV de Novembro, s/nº).

A companhia – idealizada pelo médico Marco Largura e por Alfredo Cruz, na cidade de Cascavel – vivencia há quatro anos a fragilidade das pessoas que estão em uma área hospitalar. Tantas experiências viraram roteiro teatral, fruto do contato já estabelecido com 50 mil doentes. "O paciente se tornou o autor dessa peça", disse o diretor-geral Alfredo Cruz, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

O diretor diz que, quando o grupo vai aos palcos, aconselha os atores a acreditar que estão em um hospital e que cada espectador é um paciente. "O público recebe bem quando a interpretação é sincera."

Em um hospital, os palhaços são um canal entre o paciente e o tratamento. No palco, é similar. Os atores são um canal entre a plateia e a mensagem que o grupo quer transmitir.

A peça conta a história de um palhaço que se depara com o seu maior medo. Ele é um cara comum, com família, rotina e contas para pagar.

Os dois atores que dão vida à peça têm a incumbência de mostrar à plateia que todos são um pouco palhaços – nas banalidades que provocam o riso no outro ou na autorridicularizarão – e que palhaços são humanos como qualquer um.

Quando o protagonista da história perde alguém muito especial, ele revela uma faceta que raramente é exposta. Desespero e tristeza, que entram em conflito com a alegria sempre presente.

A peça é bem-humorada, mas tem objetivos sérios. "Pensamos no humor como forma de desenvolver um lado mais humano nas pessoas. Queremos mudar a sociedade." Mesmo soando um tanto romântica, essa é a meta que motiva o grupo a atuar – seja onde for.

Mais informações no roteiro.

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