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 | Carlos Gueller/Divulgação
| Foto: Carlos Gueller/Divulgação

A Cia. La Mínima fez as alterações que julgou proveitosas para adaptar ao palco A Noite dos Palhaços Mudos (confira o serviço), a história do quadrinista Laerte, correndo os riscos da liberdade criativa que podem fazer uma obra sobressair sobre outras. E foi o que aconteceu.

A peça, em cartaz no Fringe, se destacou na temporada paulista de 2008 e rendeu aos atores Domingos Montagner e Fernando Sampaio, em dupla, o prêmio Shell de melhores intérpretes, dando uma prova da força do novo circo como linguagem capaz de renovar a presença dos clowns no teatro brasileiro. Para a plateia dessa alegoria à resistência contra a repressão (no original, exercida pela ditadura militar), rir não precisa ser um ato irrefletido. "A comicidade está na crítica de uma situação elevada a muitas potências, ou seja, somos levados a rir do patético que é a repressão, rir da incompreensão de uma sociedade que não se esforça para entender o diferente e que teima em usar a coerção para manter suas ‘verdades’", analisa o diretor teatral e historiador Lourival Andrade.

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