Arqueologia dos Prazeres, Enigmas da Culpa e Banalogias são os três primeiros títulos da Coleção Filosófica, lançada pela Editora Objetiva para tratar de questões multidisciplinares como o afeto, a culpa e o poder.
Com um formato próximo ao livro de bolso, capas trabalhadas e papel reciclado, a coleção busca um diálogo com o público contemporâneo que se interessa por filosofia mas não necessariamente especialistas.
A coleção segue a tendência que se fortaleceu nos últimos anos de promover o debate de idéias fora do âmbito da academia. A Casa do Saber, em São Paulo, e o Pólo de Conhecimento Contemporâneo (POP), no Rio de Janeiro, são exemplos de centros que incentivam a produção intelectual sem a rigidez acadêmica. E agora o debate retorna aos livros.
O filósofo e professor Fernando Santoro assina Arqueologia dos Prazeres (leia mais ao lado), uma investigação sobre a forma como o conceito de prazer se construiu na filosofia grega. Santoro passa pelo Banquete, de Platão, por Aristóteles, pelos epicuristas, entre outros, para construir um painel das teses ontológicas do prazer.
Já o escritor gaúcho Moacys Scliar se debruçou sobre uma extensa bibliografia para compreender as origens da culpa. Cruzando psicanálise, história, filosofia e religião, Scliar realiza uma reflexão a partir de autores como Freud, Dostoiévski, Philip Roth e Woody Allen.
No terceiro volume da coleção, Banalogias, o ensaísta e letrista Francisco Bosco parte de temas do cotidiano, como tatuagens, futebol e vale-tudo (luta-livre) para realizar uma desconstrução dos símbolos, à maneira de um Roland Barthes em Mitologias.
Até o momento a editora já tem oito títulos contratados para a Coleção. Os próximos volumes serão Nós, os Maquiavélicos, em que o professor de filosofia Júlio Pompeu discute a forma como o filósofo florentino continua profundamente atual; Os Afetos de Spinoza, de Maurício Rocha, sobre o polêmico filósofo holandês; O Furacão Nietzsche, de Benedito Nunes; e Cosmos para Distraídos, de Luiz Alberto de Oliveira.
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