Parece natural que o diretor José Possi Neto tenha optado pelo livro O Pequeno Príncipe, terceira obra literária mais traduzida da história (atrás da Bíblia e do cristão O Peregrino), para criar uma adaptação em formato educativo.
A história do jovem monarca que conhece diferentes personagens em diversos planetas, todos representados por alegorias que divergem dos aspectos da humanidade, é reescrita neste espetáculo de dança, enfatizando a questão ambiental já esboçada na obra de Saint-Exupéry.
Na trama da peça musical Baobá, que será apresentada no Teatro da Caixa de hoje a domingo (veja o serviço completo do espetáculo no Guia Gazeta do Povo), o jovenzinho loiro de cachecol vermelho volta à Terra, que conhecera no início do livro, em busca do amigo aviador. Aqui chegando, depara-se com um príncipe afro-brasileiro, com quem inicia uma série de diálogos sobre as diferenças entre seus mundos, a sustentabilidade e a própria amizade.
Os bailarinos trabalham muito: cantam, dançam e interpretam na obra, que transforma a rosa tão amada pelo príncipe em uma mulher.
O título vem da espécie da árvore que é cortada pelo príncipe, na história original. O baobá, trazido da África ao Brasil, é usado em cultos religiosos e pode armazenar em sua "barriga" até 120 mil litros de água.
Esta versão da peça "de bolso", criada pela companhia Cisne Negro para viajar com o espetáculo, estreou em São Paulo em 2010 e tem sido bem recebida pelo público escolar e de teatro.
O grupo de balé, criado há 35 anos dentro da escola cinquentenária, acrescentou esta coreografia a Vem Dançar, também com teor educativo, desta vez, sobre a própria arte.
"Em cada quadro utilizamos uma linguagem especial", revela a coreógrafa Dany Bittencourt, que conversou ontem com a Gazeta do Povo por telefone, de dentro do ônibus que trazia a equipe a Curitiba. As apresentações dos dois espetáculos educativos do grupo exigiram, só em maio, que a companhia percorresse 5 mil quilômetros pelo país.
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