O que esperar do cinema brasileiro em 2007

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A exemplo da grande indústria do cinema, a produção nacional reserva uma bom número de fitas, entre ficção e documentários, para estrear em 2007 nos cinemas. O novo ano pode não ter grandes produções nacionais previstas para entrar em cartaz mas há bons diretores colocando seus filmes no mercado além de atores já consagrados como Rodrigo Santoro e Selton Mello. O primeiro longa brasileiro a entrar em cartaz é "O Passageiro – Segredos de Adulto", no próximo dia 12 de janeiro.

Com direção de Flavio Tambellini e atuações de Antonio Calloni, Giulia Gam e Carolina Ferraz, entre outros, conta a história de um jovem tímido, filho de banqueiro, que tem problemas de relacionamento em casa.

Confira a lista de novidades verde-amarela que estão por vir:

"Pro dia nascer feliz", de João Jardim, é um documentário de observação da vida do adolescente no Brasil em seis escolas. Estréia dia 2 de fevereiro.

"Antonia", de Tata Amaral. Depois da repercussão da minissérie baseada no longa, o público poderá perder o interesse pelo filme. Programado para 9 de fevereiro.

"Não por acaso", marca a estréia do diretor Philippe Barcisnki na direção de longas. O elenco é encabeçado por Rodrigo Santoro e Leonardo Medeiros, nos papéis de dois homens obcecados por controle. Estréia 30 de março.

"Carreiras", de Domingos Oliveira é inspirada na peça homônima. Priscila Rozenbaum, mulher e musa de Domingos, vive a apresentadora de um telejornal bonita e bem-informada que entra em crise com a idade e as jovens concorrentes. Afoga as mágoas com muita cocaína falando sem parar de sua paranóia. Estréia 16 de março.

"O cheiro do ralo", de Heitor Dhalia, traz um Selton Mello inspirado, e um roteiro baseado no livro de Lourenço Mutarelli. O personagem central é um vendedor de bugingangas em São Paulo que alimenta uma perversa relação com seus clientes. Nas telas também em 16 de março.

"Proibido proibir", de Jorge Dúran. O longa traz um triângulo amoroso (formado pelos ótimos atores Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues) em meio à crise existencial da juventude e a dura realidade da saúde pública e de segurança no país. Estréia em março.

"Batismo de sangue", elogiado no Festival de Brasília, o filme de Helvécio Ratton traz à tela a ditadura militar. O roteiro é baseado no livro homônimo de Frei Betto, que fala da participação dos freis dominicanos na luta contra a repressão no Brasil. Nas telas, dia 6 de abril.

"Cartola", de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira, é um exemplo de como preservar a memória da cultura brasileira. A garimpagem de imagens e músicas de Cartola vale todo o filme. Deve estrear em abril.

"Serras da desordem", de Andrea Tonacci. O documentário traz a história de Carapirú, um índio nômade que, após ter seu grupo familiar massacrado num ataque de fazendeiros, consegue escapar e viver perambulando pelas serras do Brasil central. Também para abril.

"Baixio das bestas", de Cláudio Assis, grande vencedor do Festival de Brasília, apesar de ter dividido opiniões. O longa tem Matheus Nachtergaele, Dira Paes e Caio Blat e retrata a decadente cultura latifundiária. Estréia 11 de maio.

"Querô", de Carlos Cortez. Filme inspirado na obra do dramaturgo Plínio Marcos, fala de um adolescente pobre que vive nas ruas de Santos e não se dobra à disciplina dos reformatórios nem ao jogo fácil das drogas e dos policiais. Programado para 18 de maio.

"Nossa vida não cabe num Opala", de Reinaldo Pinheiro. Trata-se da adaptação da famosa peça de Mário Bortolotto. Com Paulo César Pereio, Leonardo Medeiros e Milhen Cortaz, o filme traz um pai de família classe média baixa de São Paulo que não se dá conta de que está morto e passa a assistir ao desmoronamento da frágil estrutura familiar. Programado para 6 de julho.

"Saneamento básico, o filme", de Jorge Furtado. Depois dos ótimos e surpreendentes "Houve uma vez dois verões", "O homem que copiava" e "Meu tio matou um cara", o diretor gaúcho chega dia 20 de julho com uma comédia política sobre uma comunidade da serra gaúcha e a construção de uma fossa para o tratamento de esgoto. Com Fernanda Torres, Wagner Moura e Camila Pitanga no elenco.

"Cão sem dono", de Beto Brant mostra o cotidiano de um homem de 25 anos que vive acompanhado apenas de seu cachorro e se abala quando uma modelo entra em sua vida. Programado para o segundo semestre do ano.

"Os desafinados", de Walter Lima Jr., tem um elenco encabeçado por Rodrigo Santoro, Selton Mello e Cláudia Abreu. A história se passa nos anos 60, quando cinco amigos músicos formam uma banda e vão para Nova York com o sonho de tocar no Carnegie Hall. Estréia 14 de setembro.

"Chega de saudade", de Laís Bodanzky, é o segundo longa de ficção (o primeiro foi o premiado e elogiado "Bicho de sete cabeças") da diretora paulista. Desta vez, ela mergulha numa noite de baile em um clube de dança da terceira idade. Com Tônia Carrero, Betty Faria e Cássia Kiss.

"Os 12 trabalhos", de Ricardo Elias, mostra a rotina dos motoboys de São Paulo. Com Sidney Santiago, Flávio Bauraqui e Vanessa Giácomo.

"Cidade dos homens – O filme", de Paulo Morelli. Quem gostou da série de TV, vai querer rever as aventuras de Acerola (Darlan Cunha) e Laranjinha (Douglas Silva) agora aos 18 anos.

Confira no Guias e Roteiros o que está em cartaz

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