O show em que Elvis não morreu

Aqueles que são avessos aos hologramas, contra a façanha de projetar imagens e quase ressuscitar artistas nos palcos, podem ficar tranquilos. A principal promessa do show Elvis Presley in Concert, que chega a Curitiba no dia 30 de outubro, é a sensação de "ter" o rei no palco, mas a produção garante isso com a presença da banda original do músico e com projeções remasterizadas em telões de alta definição. Ou seja, nada daquela imagem meio fantasma de Elvis no palco.

Simpático, Joe Guercio, diretor artístico durante anos dos shows de Elvis Presley e agora de Elvis in Concert, garante que esse "quase sentir" a presença Elvis na apresentação é algo comum a todas as plateias que foram ao espetáculo. "O show existe desde 1997 e, desde então, aprimoramos muitas coisas. Temos um diretor de vídeo incrível que reuniu várias imagens de shows e filmes, temos a voz do Elvis remasterizada e, para completar, a energia da banda que tocava com ele. Então, é como voltar a 1970 e é como se ele simplesmente estivesse no palco. Todas as plateias têm o mesmo sentimento. É difícil colocar isso em palavras, mas quem for ao show vai saber do que eu estou falando", explica.

Os vídeos utilizados no show são extraídos principalmente do material filmado para a tevê conhecido como Elvis ‘68 Comeback Special (1968), dos concertos Elvis É Assim (1970) e Elvis on Tour (1972), além do histórico especial de televisão Elvis: Aloha from Hawaii (1973).

A presença da banda original de Elvis "fazendo tudo como se costumava fazer", explica Joe, contribui muito para a magia do show. No palco, estarão os ex-companheiros do rei: o guitarrista James Burton, o baterista Ronnie Tutt, que tocou com Elvis de 1969 até sua morte, o pianista Glen D. Hardin, que participou de todos os três filmes do astro, e Norbert Putnam, que foi o baixista da maioria das gravações dos discos do artista.

Diante do repertório amplo do músico, é natural que se queira saber quais são as canções escolhidas para o show. Mas isso é segredo absoluto, faz parte da surpresa, afirma o diretor – que já começa o papo falando de quão ansioso está em voltar, após dois anos, para a América do Sul e de como adora a plateia brasileira. "Quando estivemos aí eu pude ver o quanto amam o Elvis. É incrível. Aliás, uma das coisas que eu mais amo no Brasil é que há música em qualquer lugar. Isso sem falar na plateia, que é muito receptiva, animada. Estamos muito felizes em voltar", revelou.

A nova turnê no Brasil do show Elvis Presley in Concert tem início em outubro, em Brasília (17/10), e depois segue para Belo Horizonte (19), Rio de Janeiro (20), Recife (23), São Paulo (25 e 26), Curitiba (30) e Porto Alegre (31). "A produção incluiu Curitiba porque dizem ser uma cidade incrível e importante onde nós ainda não tínhamos estado. Acho que vai ser incrível!", diz Joe.